Título nacional: Cidade das Cinzas
Autora: Cassandra Clare
Ano de lançamento: 2011
Número de páginas: 406
Editora: Galera Record
Título original: City of ashes


Spoiler Alert: Esse livro é a continuação de Cidade dos Ossos, por isso pode estragar algumas surpresas... Eu avisei.  


Apesar de ter tido as melhores expectativas com Cidade dos Ossos, me decepcionei com o livro. O único motivo que me fez continuar a série com Cidade das Cinzas, foi o final de tirar o fôlego do primeiro volume. E ainda bem que não desisti de Instrumentos Mortais, porque sua continuação é incrível!


As coisas ainda não estão muito bem para Clary. Sua mãe ainda está desacordada no hospital, Valentim ainda está desaparecido e para melhorar as coisas, seu recém-descoberto irmão, Jace está bem fora de controle e fazendo coisas inconsequentes. E não é para menos, ele está sendo acusado de conspirar contra a Ordem a favor de seu pai Valentim.


Outros problemas surgem no caminho, como corpos de seres do submundo aparecendo por aí... E não é que a galera do mal se mete em altas confusões Clary, Jace e companhia acabam envolvidos no mistério? Ah, e não vamos esquecer que Clary tem que lidar com os sentimentos mal resolvidos que tem por Jace e com o amor de Simon. Ufa... 


O grande problema de Cidade dos Ossos foi o número infinito de informações, capítulos imensos e muitas pequenas histórias que confundiam o leitor, além de cansar. Em Cidade das Cinzas, porém, esse problema foi solucionado. Os capítulos são bem mais curtos, o livro todo segue linear, sem fugir da história principal e a escrita de Cassandra melhorou muito. Ela está bem mais clara e concisa. Parece até que foi escrito por outra pessoa. Os personagens secundários como Luke, Alec e Isabelle são bem mais estruturados. Até a "relação" de Alec e Magnum é colocada de maneira suave e que condiz muito com a história. 


Se antes eu ainda tinha dúvidas se iria continuar a ler a série ou não, com Cidade das Cinzas tenho certeza que virei fã. 

Harry´s Law é uma série da NBC que no Brasil é televisionada pela Warner.

Acredito que muitas pessoas, quando escolhem entrar na faculdade de Direito, fazem isso pensando em quantas pessoas poderão ajudar, em como poderão mudar o mundo um caso ou uma ida ao tribunal de cada vez (assim como eu acreditava que o Jornalismo era uma coisa maravilhosa quando entrei na faculdade, oh, inocência minha!).

Aí você passa todos aqueles anos na faculdade (perdendo suas ilusões) e depois todos aqueles anos trabalhando (no que aparecer, porque lembra das ilusões perdidas?) e um dia tudo cai na sua cabeça como uma pilha de tijolos: não, você não está nem um pouco feliz pelo rumo que sua vida tomou. É isso o que acontece com a Harriet Korn, advogada interpretada pela totalmente excelente Kate Bates em Harry´s Law.

A crise profissional leva Harry a procurar novos ares na sua profissão, não sem antes ver seu caminho cruzado de forma bem inusitada com um ex-viciado em drogas calouro da faculdade de Direito e também com um advogado meio nerd recém formado. 

Então Harry abre um escritório em uma área digamos, nada tradicional da cidade de Cincinnati (em Ohio, nos Estados Unidos) e os clientes que vão aparecendo são aqueles que, à primeira vista, nenhum advogado iria querer defender. Mas a cada episódio, a série vai mostrando que nem sempre as coisas são o que parecem ser e que não é tão clara assim a divisão entre mocinhos e bandidos. 

Pra quem gosta de séries de advogados, fica aqui minha recomendação: essa série vale a pena!
Eu já falei de outra série desse estilo que também é muito, muito, muito (perceberam a ênfase no muito?) boa, The Good Wife. Eu se fosse você, corria pra assistir as duas!
Título: Paper Towns
Autor: John Green
Ano de Lançamento: 2009
Número de Páginas: 305
Editora: Speak


Quentin Jacobsen morou praticamente a vida inteira ao lado de Margo Roth Spiegelman, até os nove anos, os dois eram inseparáveis. A amizade chegou ao fim quando eles encontraram o corpo de um homem morto no parque onde brincavam. Foi a descoberta desse suicida, somada a reação de cada um deles, que mudou o relacionamento de Margo e Quentin e fez com que seguissem caminhos diferentes após esse dia.

Já no colegial, Quentin nutre uma profunda obsessão pela ex-melhor amiga, com quem agora não conversa. Ele a observa de longe e ela interfere por ele quando o valentão da escola o escolhe como vítima. Apesar de vizinhos, eles vivem em universos distantes. Margo é linda, popular, impulsiva e ligeiramente louca, todos conhecem as aventuras absurdas dela. Quentin é um nerd racional demais para se divertir.

Poucas noites antes da formatura, Margo aparece na janela Quentin, como nos velhos tempos, e o recruta para uma louca jornada de vingança. Passar uma noite inteira ao lado da garota dos sonhos dele, faz com que Q, como é chamado pelos amigos, tenha esperança de que as coisas mudem mais uma vez e que na manhã seguinte eles continuem próximos. Imaginem a surpresa do garoto quando descobre que Margo sumiu da face da Terra, deixando apenas pistas bastantes complicadas para ele chegar até ela.

Eu sempre acreditei que paixão a primeira vista é algo muito complicado. A gente passa a gostar de uma série de características que supomos que a outra pessoa tem, nos apaixonamos por ideias. A roadtrip de Q, com os amigos igualmente nerds, mostra que ele não sabia N A D A sobre Margo, nada mesmo. Enquanto ele descobre quem era aquela garota tão complexa, acaba descobrindo quem ele realmente é.  

Os personagens principais são muito parecidos com Miles e Alaska, de Looking for Alaska, e os secundários são igualmente ricos no quesito personalidade, seja o Radar, o obsessivo autor do site Omnictionary, ou a Lacey, que não é tão superficial quanto parece. A semelhança com o outro livro do autor deixa uma constante sensação de "eu já vi isso antes", mas a história é tão bem escrita e desenrolada que isso não importa. O leitor quer saber o final, se vai ser feliz ou não, e é justamente o fim que muda tudo, que não deixa dúvidas que essa é uma obra única.

Paper Towns é cativante, envolvente, inteligente, engraçado, profundo, viciante, filosófico, realista e brilhante. Apesar de parecer o bom e velho mais do mesmo, consegue surpreender. A conclusão é que não existe nada melhor do que embarcar numa aventura de John Green, se deixar levar por ele. O cara é um gênio da simplicidade, seus enredos misturam planos mirabolantes com acontecimentos rotineiros. Uma das coisas que mais me marcaram sobre os livros dele é a riqueza de detalhes, todos os personagens principais dele são obcecados por algum tema e dividem informações sobre o assunto com o leitor. Ler John Green é sempre uma experiência marcante e inesquecível. 
Rango é um camaleão que passou sua vida toda num aquário. Para driblar a solidão, ele inventou personalidades, amigos e histórias. Tudo para fugir de sua realidade sem graça. Só que numa viagem, o enredo de sua própria vida resolve dar uma guinada. O seu aquário acaba caindo do carro e ele vai parar bem no meio do deserto sem nenhuma habilidade de sobrevivência.

Ele acaba indo parar num vilarejo de criaturas estranhas que vivem a ameaça de não terem mais água e bem, você sabe o que acontece quando acaba a água. O lugar vive uma espécie de velho oeste. Ali é que Rango vê a oportunidade perfeita parar criar um novo personagem: um pistoleiro destemido que não tem medo de nada e nem de ninguém. E com muita sorte ele acaba virando o xerife do lugar. Apesar de sua ingenuidade ele começa a perceber que tem algo de muito errado naquela cidade e cabe a ele resolver o problema daquelas pessoas que tanto confiam nele.

O ator que faz a voz do protagonista no original é Johnny Depp que mostra mais uma vez como é um ótimo ator. É impressionante imaginar a figura do ator com aquela voz de alguém assustado e que não sabe muito bem o que está fazendo.

Apesar de ser um filme infantil, há várias cenas que provavelmente impressionariam crianças e o enredo é mais adulto do que se esperaria do gênero.

Rango tem todo um clima de velho oeste e vários elementos da cultura mexicana presentes durante todo o filme. É um filme que fala sobre acreditar em si mesmo (por que não?) e buscar quem somos. E se até um pequeno camaleão pode se tornar um herói por que não nós?
Olá! Ansiosos (as) pelo resultado?
O sorteio foi realizado pelo site Ramdom.org e o resultado foi esse:



E quem é o número 27?



Parabéns, Letícia! 
Nós mandaremos um email e você tem 48 horas pra responder a gente! 

Muito obrigada de coração a todos que participaram! E não desanimem, quem sabe na próxima vocês ganham? 



Edward, Bella e Jacob aprovam essa promoção e seu resultado!
Título nacional: Eu sou o mensageiro
Autora: Markus Zusak
Ano de lançamento: 2007
Número de páginas: 320
Editora: Intrínseca
Título original: I am the messenger

"Sim, o Dylan estava prestes a virar um astro quando tinha 19 anos. Dalí estava bem no caminho de se tomar um gênio e Joana D'Arc foi queimada na fogueira por ser a mulher mais importante da História... E, aos 19 anos, Ed Kennedy encontrou aquela primeira carta entre as correspondências"


Ed Kennedy, só Ed mesmo, nada de Edward, Edgar ou Edmundo. Taxista. 19 anos. Zero a esquerda. Ruim de cama. Um cara que leva uma vidinha descomplicada, jogando carta com os amigos igualmente fracassados, sentindo o luto de leve e levando esculacho direto. Nenhum gênio e nada atlético. Um total e completo perdedor. Sem esquecer do seu fiel escudeiro, o Porteiro, um cachorro com um fedor a prova de banho.


A vida dele começa a mudar quando ele impede um assalto a banco, mas muda de vez com a chegada de um envelope que contém uma carta de baralho onde anotaram três endereços, cada um com um horário. E o que isso significa? Quer dizer que a partir desse momento, ele tem missões e essas missões vão mudar de maneira direta e inegável a vida dele e a dos outros envolvidos.


São 12 histórias, quatro cartas e uma mensagem. 


Eu sou o mensageiro é um livro do tipo despretensioso, mas que mexe com o leitor de maneira intensa e irreversível, é ao mesmo tempo hilário e triste. A narrativa é envolvente, pois o Markus (sentiram a intimidade?) escreve de maneira bela e poética, mas acima de tudo simples. O vocabulário sem floreio aproxima e conquista quem lê, assim como os personagens bastante humanos. É difícil não se identificar e/ou apaixonar por Ed, um cara de coração nobre e cabeça confusa que aos poucos encontra o lugar no mundo. Ele tem o apelo de ser inegavelmente real, gente como a gente.


Por ser uma obra de premissa simples, e incrível, é recomendado para meninos e meninas de todas as idades.  Não posso falar muito mais a respeito dele porque é acompanhar a jornada de Ed que faz valer a pena a leitura,  e ela deve ser repleta de tocantes surpresas, por isso encerro o texto por aqui, antes que eu escreva mais do que devo.
Título nacional: Anna e o beijo francês 
Autora: Stephanie Perkins
Ano de lançamento: 2011
Número de páginas: 288
Editora: Novo conceito
Título original: Anna and the French kiss


Como descrever um livro que você ama? Como transmitir em palavras o quanto você recomenda, pede, suplica para que alguém leia um livro? Pois é, é complicado, mas tentarei.


Anna é obrigada a mudar para a França no seu último ano de ensino médio. Ir para a Escola da América em Paris é, segundo seu pai, uma experiência necessária em sua vida.  E assim , Anna se vê sozinha num país que ela não conhece nem a língua, sem amigos e sem perspectiva de aproveitar qualquer coisa.


Logo na primeira noite, ela faz amizade com um grupo peculiar de amigos. Meridith, Rashimi, Josh e St. Clair. Oh, St Clair, ou posso chamá-lo de Étienne? Ele é tudo o que uma garota quer. Lindo, simpático, inteligente e tem uma namorada. Opa, nem tão perfeito assim. Porém nem isso impede Anna de se interessar por ele e, ao mesmo tempo, conhecer e se encantar por Paris.


A história é previsível e não tem nada de novo, mas é impossível não se apaixonar pela história de Anna e St. Clair. Talvez seja  a escrita de Perkins, que apesar dos erros de tradução, não perdeu o encanto. Porém, acho que o que encanta em Anna e o beijo francês é a sensação de familiaridade pelo que Anna vive.


Os toques tímidos, os olhares trocados, as conversas. Aos poucos, antes do amor, a amizade entre os dois é formada e isso é um refresco para tantos YA's em que o casal se apaixona num piscar de olhos sem motivo aparente. Aqui não, tudo é construído de uma maneira plausível e apaixonante (Desculpem-me, mas repetirei essa palavra várias vezes. É impossível não dizê-la ao descrever esse livro).


Além do romance, Anna aprende a se virar sozinha e também que nem sempre mudanças são tão ruins assim e que com elas vêm a maturidade. Mesmo que com certos sofrimentos e desentendimentos. Ok, espero que tenha conseguido convencê-los a lerem Anna e o beijo francês.  Um livro apaixonante, fofo  e, por incrível que pareça, real.
Falling Skies é uma série americana do canal FX, que passa no Brasil no canal TNT. 


Resumindo bem o enredo, a série conta a história de uma colônia de humanos que sobreviveram a invasão de alienígenas. Nessa colônia conhecemos o ex-professor de história Tom, que perdeu parte de sua família e agora luta para sobreviver da melhor forma possível. 


O que eu achei mais legal pelo que assisti até agora é que a série é muito bem feita, os efeitos visuais e os alienígenas são muito convincentes. Outra coisa que eu gostei pra caramba foi o fato de terem mulheres entre o grupo que vai lá chutar umas bundas alienígenas lutar, tá certo que são só duas, mas é melhor do que nenhuma! 

Não tem nenhum ator super conhecido, mas os atores são bem carismáticos e me conquistaram - principalmente o Noah Wyle, que faz o Tom, e é a cara do Christian Bale, vocês também acham isso? Enfim, se você ficou curioso (a), tem um site muito legal sobre a série e ela passa todas as sextas às 22h na TNT.

Molly Ringwald (Andy Walsh) tem apenas 17 anos e já se considera uma mulher independente.  Ela mora com o pai desempregado, de quem é babá, trabalha numa loja de discos e estuda numa escola de riquinhos, graças a uma bolsa de estudos.

Seu único amigo, nesse colégio de pessoas fúteis, é o Duckie (John Cryer, sim o Alan Harper), um garoto super divertido e engraçado que tem uma queda nada discreta por ela. Ele e Iona (Annie Potts), colega de trabalho de Andie, são os responsáveis pelo lado cômico do filme.

Não demora para Andie se apaixonar pelo popular, e rico, Blane McDonough (Andrew McCarthy), melhor amigo do canalha metido a besta Steff (James Spader), um idiota que namora a menina mais popular da escola e deseja intensamente dar uns pegas em Andie só para provar que ele pode, mesmo que na verdade ele não possa.

Blane é totalmente diferente dos meninos ricos típicos do colégio. Ele é sincero, sensível, simpático e completamente apaixonado por Andie. A unica coisa que atrapalha o relacionamento dos dois é pressão do infeliz do Steff, que não suporta a ideia deles darem certo.

O filme foi baseado numa canção dos Psychedelic Furs, e talvez por isso tenha umas das melhores trilhas sonoras dos anos 80. Apesar de ser uma típica comédia romântica adolescente, ele aborda alguns assuntos sérios como desemprego, diferenças sociais e alcoolismo. O filme foi lançado em 1986, escrito e roteirizado por John Hughes e dirigido por Howard Deutch.

Andie é uma personagem muito forte e admirável, Duckie é absurdamente carismático e Blane é apaixonante.  Basta assistir A garota de rosa shocking uma vez para entender porque se tornou um clássico, simples assim.
Título: Oh my Gods
Autora:  Tera Lynn Childs
Ano de lançamento: 2009
Número de páginas: 288
Editora: Speak

Phoebe já tem toda a sua vida planejada. Ela vai ganhar uma bolsa de estudos graças a sua habilidade para corridas e vai para a universidade com suas duas melhores amigas desde o jardim de infância. Até que sua mãe resolve se casar com um grego charmoso e ela tem que se mudar para a Grécia e para uma nova vida.

E como se isso já não fosse ruim o suficiente... Chegando na pequena e isolada ilha que será seu novo lar, ela descobre que na verdade a escola que ela irá estudar é uma academia para os descendentes dos Deuses Gregos. Isso mesmo, Zeus e companhia realmente existem e tem gerações de jovens "talentosos" escondidos numa ilha grega e Phoebe é a única "normal".

Os jovens têm poderes mágicos. Aí é que começam os problemas do livro. Ao invés de terem habilidades relacionadas a cada Deus, eles parecem ter poderes genéricos, como mover objetos e mudar a aparência de coisas. Só um ou outro parecem ter talentos relacionados ao seu respectivo Deus. 

Outra coisa bem irritante é como Phoebe curte ser um capacho. Desde o início do livro ela se vê apaixonada por Griffin, o descendente de Ares, lindo e popular que a trata mal praticamente sempre quando tem a oportunidade. Sério. Tem gente que gosta de sofrer. Simples assim. 

Também as, digamos, coincidências da história são muitos frustantes e difíceis de engolir. Infelizmente, enumerá-las aqui seria como contar o final do livro... Mas o fato de Phoebe estar no lugar certo, na hora certa deixa dúvidas, que não sei se vão ser elucidadas com a continuação: Goddess Boot Camp.

Oh my Gods despertou minha curiosidade por tratar de um assunto que eu simplesmente amo, Mitologia Grega, porém pecou por não conseguir desenvolver uma ótima premissa em um ótimo livro.

Título nacional: Comprometida: Uma História de Amor
Autora: Elizabeth Gilbert
Ano de lançamento: 2010
Número de páginas: 374
Editora: Objetiva
Título original: Committed: A Skeptic Makes Peace with Marriage

Esse livro é como se fosse uma continuação de Comer, Rezar, Amar, então eu não sei muito bem se pra quem não leu o anterior, essa resenha terá spoilers. Até porque tem o filme também. Spoiler leve.Todo mundo avisado!

Alguns anos depois de tudo que aconteceu em Comer, Rezar, Amar, Elizabeth e seu namorado brasileiro Felipe ainda estão juntos, vivendo nos Estados Unidos. Em uma volta ao país depois de uma viagem de negócios, Felipe é barrado pelas autoridades de imigração que dão o veredicto: ele só poderá voltar ao país e se tornar um cidadão americano se ele e Elizabeth se casarem, oficialmente, no papel, conforme a lei manda.

Aí começa a crise: quem leu o livro anterior sabe do inferno que Elizabeth passou com o fim do seu primeiro casamento. Felipe também é divorciado e os dois tem um grande receio (pra falar o mínimo) sobre a instituição do casamento. Então, enquanto a papelada para resolver a situação do casal não sai, os dois viajam pela Ásia e Elizabeth procura entender melhor o bicho de sete cabeças chamado casamento.

Achei realmente legal a divisão dos capítulos por temas relacionados ao casamento, como expectativas, autonomia, cerimônia, só pra dar alguns exemplos. São oito capítulos e o meu favorito foi o quinto, Casamento e mulheres - adivinhem só, é o capítulo que entristece por um lado mas alegra por outro, pois debate como o casamento pode ser extremamente machista e autoritário, mas também pode, dependendo dos envolvidos, ser bem feminista e igualitário.

O que também ajuda a leitura a fluir bem e a gostar do livro é acompanhar como a autora vai se acostumando com a ideia do casamento e as reflexões sobre os relacionamentos em geral. É um livro bem realista, que pode te fazer pensar e repensar seus conceitos. Recomendo!
Tirando o fato de que o casal principal é formado por duas mulheres, Minhas mães e meu pai não passa de mais um filme hollywoodiano que desmascara a hipocrisia da família tradicional perfeita e feliz americana.

Nic (Annette Bening) e Jules (Julianne Moore) são casadas há quase 20 anos e têm dois filhos, Laser (Josh Hutcherson) e Joni (Mia Wasikowska), ambos concebidos por inseminação artificial. Faltando pouco para completar 18 anos, Joni não vê a hora de se mudar para o campus da faculdade e Laser deseja que ela descubra quem foi o homem que doou o esperma, o "pai" deles, informação que só pode ser obtida na clínica médica quando se chega a maioridade. É dessa forma que os adolescentes conhecem Paul (Mark Ruffalo), e a imagem de família perfeita vai por água abaixo.

Quando Paul, todo rústico natureba e sedutor, entra na história, as diferenças do casal se tornam gritantes, elas deixam de ser as duas mulheres que se davam bem na cama, curtindo um filme adulto, e passam a ser duas ogras que gritam fuck you toda vez que não sabem o que dizer. Nem preciso dizer que isso mexe com a cabeça dos filhos, né?

O filme é muito bom e o elenco é melhor ainda, Annette Bening está perfeita no papel da lésbica masculinizada, Julianne Moore arrasou como a bicho grilo aventureira e ninguém seria um motoqueiro do bem melhor do que Mark Ruffalo. É um tipico drama familiar americano, sem novidades ou surpresas, e por isso, recomendado para os fãs do gênero. 
Título nacional: Sangue quente
Autor: Isaac Marion
Ano de lançamento: 2011
Número de páginas: 256
Editora: Leya
Título original: Warm bodies 


Quem diria que um zumbi pudesse ser tão apaixonante? R é um zumbi em crise existencial. Ele não sabe há quanto tempo está morto, não lembra de seu nome completo, nem de como era sua vida antes do mundo virar o caos em que se encontra. 


Ele "mora" em uma das muitas comunidades zumbis, em que eles, surpreendentemente, se organizam com grupos de caça, aulas para as crianças e até casamentos. Quem manda são os "ossudos", os zumbis mais velhos que formam uma espécie de juri que coloca a ordem no barraco controla os morto-vivos. E quanto aos humanos? Eles ainda existem, mas foram obrigados a se trancarem em estádios para que se protegessem e toda a estrutura da sociedade fosse reestruturada.


Numa das "caçadas" de R ele ataca o cérebro de um garoto e assim tem acesso às suas lembranças e eis que o zumbi se vê apaixonado pela namorada de sua vítima e sente a necessidade extrema de protegê-la naquele mundo caótico. 


E se você acha impossível torcer para um zumbi levar a melhor é porque não leu Sangue quente. A narrativa do estreante Isaac Marion é simplesmente maravilhosa. Apesar de ser um morto-vivo, R tem pensamentos complexos que colocam à prova nossa percepção da vida. Muito mais do que um romance, o livro faz uma critica a quando nós esquecemos de viver e passamos a existir, como verdadeiros zumbis. 


Sangue quente é uma releitura dos zumbis que é uma ótima surpresa. 


Só um aviso: Não, não é um Crepúsculo com zumbis.
Bem vindos a mais um "na prateleira"! Dessa vez vou mostrar os livros que comprei em junho. Lembrando que pra saber mais sobre os livros, é só clicar no nome que você vai ver a página deles no Skoob.



Box Virgínia Woolf
Essa foi mais uma daquelas compras por impulso por pura culpa das promoções do Submarino. Eu admito com certa culpa que nunca li nada dela. Só ouvi coisas boas sobre os livros, então resolvi comprar. Os livros que vem no box são Os Anos, A Viagem, Entre os Atos, Noite e Dia, O Quarto de Jacob e As Ondas.

Tequila Vermelha - Rick Riordan
Esse livro estava com um preço muito camarada na Saraiva, então comprei um de presente para um amigo e um para mim. E não ligo que eu só tenha lido Percy Jackson e o Ladrão de Raios desse autor, eu gosto de histórias de detetives e a capa é toda diferente, linda.



Querido John - Nicholas Sparks
Tá aí um autor que eu vejo todo mundo falando bem, mas nunca tinha lido nada. O mais próximo que cheguei de alguma história do Nicholas foi vendo os filmes de "Um amor para recordar" e "The Notebook", mas quem tava em promoção era o Querido John então comprei ele mesmo!








Boy Meets Boy - David Levithan
Eu me apaixonei perdidamente por esse livro quando li a resenha no blog Garota que Lê. Tipo: eu quero, eu preciso desse livro na minha vida! Depois de uma visita ao site da livraria Cultura e algumas semanas depois, tenho ele e é minha leitura do momento. Ainda estou bem no começo, mas já posso dizer que a história é muito fofa! Já li e é bem o que eu esperava! Em breve vai ter resenha dele aqui no blog!



Jane Eyre - Charlotte Brontë
Eu me lembro de ter lido esse livro em alguma data entre 2003 e 2007, porque ele era citado pela Mia em "A Princesa à Espera", da Meg Cabot, e eu fiquei curiosa. A história é dramática, envolvente e eu preciso ler de novo para relembrar tudo o que achei na época. Esse livro tem milhares de edições, mas eu achei essa capa da Best Bolso tão linda! E aí ele fica fazendo par na estante com "O Morro dos Ventos Uivantes", da mesma Best Bolso e da outra irmã Brontë.

Tirei uma foto dos livros da Virginia Woolf fora da caixa pra vocês verem. As capas são bem simples, mas gostei bastante!




E pra encerrar, todos eles juntos (com a participação especial da minha coruja que parece estar sempre assustada). Até a próxima!





Título Nacional: A Música que Mudou Minha Vida
Autora: Robin Benway
Ano: 2009
Páginas: 368
Editora: Galera
Título Original: Audrey, wait!

Relacionamentos são coisas complicadas. O motivo é óbvio, eles envolvem seres que individualmente já são bastante complexos e quando combinados se tornam ainda mais difíceis de lidar. Existe uma regra que está subentendida no contrato silencioso que duas pessoas assinam a partir do momento que viram um par: um dos dois tem que ceder. E cá entre nós, por maior que seja o amor, todo mundo sabe que ceder nunca é fácil.

No caso de Audrey foi necessária uma lista de prós e contras para que ficasse claro o quanto Evan era inconveniente e originário do planeta "Olha Eu Aqui". Depois de enxergar tantas falhas e tão poucas qualidades, não sobrou outra opção senão terminar o namoro com ele. Tudo certo e resolvido, a partir de agora eles são bons amigos. Ela só tinha que levantar e sair do quarto discretamente, sem esquecer de ignorar o "Audrey, espere" quando já estava bem próxima da porta.

Imaginem a surpresa dela, quando mais tarde descobre que Evan, o ex-namorado vocalista da banda Do-Gooders, escreveu uma música com o título "Audrey, espere". Um música chiclete e boa que descreve o fim do relacionamento dos dois. Enquanto a maldita canção segue rumo ao topo das paradas musicais, a vida de Audrey é transformada num inferno repleto de flashs e telefonemas, numa rotina típica de celebridade, ao mesmo tempo que ela aos poucos se transforma em tudo que odiava no Evan.

O livro é divertido, musical bobinho e leve. Audrey é uma adolescente que se comporta como uma adolescente, o que significa que ela pode ser uma garota legal ou uma menina egocêntrica irritante. A história é bem amarrada e o inicio dos capítulos com trechos de músicas dá um charme a mais para o livro. A narrativa, que é diferentona, cativa o leitor porque os fatos são relatados como o outro lado de uma história que todos conhecem, como se tudo realmente tivesse acontecido, e isso estabelece uma sensação intimidade entre a Audrey e quem está lendo. Totalmente aprovado!
Chloe sempre quis mudar um pouco o rumo de sua vida. Ser mais espontânea. Namorar. Sair para curtir a vida. Mas descobrir que pertencia a outra espécie e que tem características de um felino nunca fez parte do plano. 


Pois é. No seu aniversário ela sai com seus dois melhores amigos para uma balada e começa a ser perseguida por uma estranha figura. Essa perseguição termina na morte de Chloe e por sorte, na descoberta de que ela pertence a uma raça antiga chamada May, o que no seu caso lhe dá super força, visão noturna e umas vidas extras. Para completar, aparentemente ela tem um papel muito importante no futuro da raça May e humana.

Agora Chloe divide os problemas de uma adolescente comum, como se o cara que ela conheceu no trabalho a chamará para sair com coisas mais complicadas, como porque tem alguém tão determinado a matá-la. Muitos poderão achar a série infantil e adolescente, mas sinto informar, é exatamente o que é. Ninguém está sendo enganado, é uma série para adolescentes mesmo. Por isso se não gosta do gênero, nem assista.

A série é tipo uma versão light para adolescentes de Lost Girl, mas não por isso deixa de ser boa. 
Título nacional: Sendo Nikki
Autora:  Meg Cabot
Ano de lançamento: 2011
Número de páginas: 319
Editora: Galera Record
Título original: Being Nikki


Esse é o segundo livro de uma trilogia, então a resenha pode ter spoilers para quem não leu o primeiro livro, Cabeça de Vento, que já foi resenhado aqui.

Nesse segundo livro, acompanhamos como Em está lidando com a sua "nova identidade" e com a tarefa de se acostumar a ser Nikki. Essa é a brecha para que o drama adolescente entre e se espalhe pelo livro todo! 

Eu tive momentos de amor e ódio durante a leitura. Eu entendo que as situações que Em/Nikki passa são difíceis pra caramba, mas em alguns momentos a reclamação me cansou um pouco. E a maior parte do mimimi era por causa de Christopher, o melhor amigo de Em que não faz ideia de que ela ainda está viva, só que agora no corpo da supermodelo Nikki.  Então quando a Frida, irmã da Em, fica magoada com ela e diz que ela não liga mais para a família, ela meio que disse o que eu queria dizer. Mas tudo bem, entendo que cada um tenha suas prioridades e todo mundo, até personagens, tem direito de reclamar do que lhes incomoda mais.

Tirando isso, o livro tem bastante suspense e um personagem novo muito legal e que talvez tenha um papel importante no terceiro livro. A reviravolta dos fatos no final foi bem escrita, mas talvez eu tenha achado isso pois estava feliz de algo acontecer e não ficar só no "oh, ele não sabe que eu existo, como eu sofro!". Achei um livro bem na média, mas essa série tem tudo para melhorar com o terceiro livro.
Título: This lullaby
Autor: Sarah Dessen 
Ano: 2004
Número de páginas: 352
Editora: Speak


"This lullaby is only a few words
A simple run of chords
Quiet here in this spare room
But you can hear it, hear it
Wherever you may go
I will let you down
But this lullaby plays on..."


Quando a sua mãe tem quatro casamentos que não deram certo no histórico de romances, você cresce sem entender o que exatamente é tão bom sobre amor. Se é que esse tal amor existe mesmo. É assim que a jovem Remy pensa e justamente por isso, acredita que relacionamentos devem ser coisas práticas das quais a gente tem que sair antes que se apegue demais. O pai dela era um músico que sumiu do mapa antes que ela fosse grande o suficiente para guardar memórias e morreu pouco depois de gravar o seu único sucesso, a canção This lullaby.

Remy é metódica, uma verdadeira control freak, e não suporta coisas desorganizadas. Ela não vê a hora de ir para faculdade e abandonar o cargo de babá da mãe, que é uma escritora famosa de romances prestes a embarcar no quinto casamento. Porém, os planos dela mudam quando um cara totalmente persistente e desajeitado, o fofíssimo Dexter, começa a "perseguir" ela. Ele chega para deixar o mundo dela de cabeça para baixo, pois é o oposto de tudo que Remy acredita: bagunceiro, impulsivo e músico.

É lógico que o romance acontece e ela não enxergar outra opção senão acabar com tudo antes que seja tarde demais, o problema é que Dexter não vai desistir tão fácil assim.

De todos os livros da Sarah Dessen que eu já li, achei esse o mais fraquinho e o mais diferente também. Remy é a primeira personagem dela que não tenta ser perfeita e agir de acordo com o que todos esperam. Ela costumava dormir com todo mundo e sempre chegar bêbada em casa. Assim como a maioria dos seres humanos, às vezes, ela é bastante contraditória, mas isso acontece por causa da insegurança e fragilidade que ela tenta esconder sob a máscara de cinismo que a impede de se deixar levar. A verdade é que ela não tem medo do amor, ela tem medo de se machucar. Como sempre, o par romântico da personagem principal, o Dexter, é perfeito de um jeito imperfeito e  não existe no mundo real, fato.

Apesar de não ser tão bom quanto The Truth About Forever ou Just Listen, This Lullaby é um livro muito envolvente e escrito de maneira impecável, é engraçado e comovente ao mesmo tempo. Sem dúvida vale a pena ser lido.
 Título nacional: Hex Hall
Autora: Rachel Hawkins
Ano de lançamento: 2011
Número de páginas: 303
Editora: Galera Record
Título original: Hex Hall


Logo no início de Hex Hall, já podemos perceber que Sophie não é uma garota comum. Ela é uma bruxa que por "mal comportamento" é enviada à Hecate Hall (Hex Hall para os íntimos) uma espécie de reformatório para os Prodígios que ameaçam revelar a espécie aos humanos. Ah sim, Prodígios são bruxas, fadas e metamorfos. 


Apesar de ser uma escola mágica, ela tem todos os esteriotipos de uma comum. Tem o garoto mais bonito que todas querem, um grupo de garotas mais poderosas e populares, o aluno encrenqueiro e a excluída socialmente, que, por acaso, também é a melhor amiga de Sophie. Talvez essa seja a personagem mais original, Jenna é a única vampira aluna de Hex Hall, é lésbica e é bem divertida. 


A história segue bem mais ou menos, com Sophie tentando entender mais sobre sua espécie, sobre sua família e claro, sobre a rotina da escola. Apesar de Sophie ser engraçadinha, ela é muito infantil. O tom do livro é todo infantil. Coisas como cair na dica da garota mais popular da escola e se apaixonar pelo garoto mais lindo é muito cliché. 


O que salva história é o mistério que aparece lá para o meio do livro, que vou ter que confessar, me prendeu. Há algumas reviravoltas bem interessantes nas últimas páginas que garantem a vontade de ler o próximo volume. Só espero que Sophie tenha ganhado mais maturidade até lá.

Sigam-nos os bons!

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