Título nacional: O Grande Gatsby
Autor: F. Scott Fitzgerald
Ano de lançamento: 1925
Número de páginas: 221
Editora: Abril Cultural
Título original: The Great Gatsby


A leitura desse livro fez parte de duas resoluções que fiz no começo desse ano: ler mais clássicos e durante o verão, sempre levar um livro comigo quando for para a praia. Unindo o útil ao agradável, O Grande Gatsby é um clássico e pode ser categorizado como livro peso pena, com suas poucas mais de duzentas páginas.


Na praia com Gatsby




O livro é narrado por Nick Carraway, que acaba de se mudar para uma nova casa e tem muitas observações a fazer sobre a vizinhança; ele reencontra sua prima Daisy, que está casada com um cara não muito simpático chamado Tom Buchanan, ele sai com uma jovem jogadora de golfe, Jordan Baker, e assim a vida vai passando.


Quase toda a noite ele repara que a mansão vizinha à sua, está cheia de gente, música e risadas. Então ele descobre que seu vizinho é Jay Gatsby, um homem que aparentemente tem um grande apreço por festas regadas a champanhe e sobre o qual as pessoas só conhecem especulações e boatos que correm por aí. Nick fica curioso, vai a uma dessas festas e depois de algumas páginas ele e Gatsby são praticamente melhores amigos de infância. 


Mas as perguntas sobre qual é sua verdadeira profissão e sobre ele em si continuam sem resposta. E como todos esses personagens vão ter suas histórias ligadas no final? Não posso falar muito mais sem revelar algumas reviravoltas do enredo, o que posso dizer é que a leitura valeu a pena. O começo me pareceu um pouco arrastado, nada acontecia, até que lá pela página noventa (se eu não me engano) tudo começou a acontecer. 


Fitzgerald vai além de nos entregar uma história bem narrada; através dos personagens e de suas atitudes, ele constrói uma crítica ao comportamento dos jovens na década de 20, logo depois da Primeira Guerra Mundial, que estudaram em grandes faculdades, ouviam jazz e compareciam a grandes festas, porém sem muita consciência das consequências de seus atos, mais focados em si mesmos. Pelo menos foi o que eu achei, posso ter interpretado tudo errado - não sou especialista em Fitzgerald e a década de 20, mas gostei muito do retrato que ele fez em sua obra.


Minha curiosidade sobre esse livro foi despertada principalmente pelo fato de que será lançado um filme baseado nele em dezembro desse ano, dirigido pelo Baz Luhrman (o mesmo diretor de Moulin Rouge), com o Tobey Maguire como Nick e o Leonardo DiCaprio como Gatsby. Acredito que será um ótimo filme, aguardo para ver! A história já foi adaptada para o cinema e para a tv em outros filmes.

Título: Não sou este tipo de garota 
Autora: Siobhan Vivian
Ano de lançamento: 2011
Número de páginas: 248 
Editora: Novo Conceito Jovem
Título original: Not that kind of girl


Natalie é uma chata obcecada com a sua reputação na escola. Ela acha que nenhum menino vale a pena e que eles só servem para te fazer ganhar um apelido e uma fama de vadia. 


Por isso ela não deixa a amiga esquecer o infame apelido que ganhou e tenta de todas as maneiras mudar a cabeça da nova aluna que quer impressionar os jogadores de futebol. Mas e quando é ela que não consegue tirar o garoto lindo e popular da cabeça? Ah, aí tudo certo, só esconder o relacionamento de todos e continuar sendo o modelo de chatice da escola.


Talvez se eu tivesse lido esse livro aos 15 anos ia achar o máximo a linha de raciocínio de Natalie, mas agora só a acho boba e infantil. O jeito que ela resolve tratar as pessoas mostra o quanto, apesar de querer mostrar ao contrário, ela é imatura e não tem ideia de como lidar com seus sentimentos.


Não sou este tipo de garota é o livro perfeito para a garota que está começando a sair com garotos. Creio que ele mostre, ou pelo menos tente, a maneira correta de se agir para que você não se arrepende depois. Apesar das atitudes de Natalie. Mas se você já passou dessa fase, fica muito difícil se identificar com a história o que torna o livro cansativo e bobo.
Sempre é muito difícil falar de algo que gostamos muito. Esse é meu caso com Sherlock, o seriado britânico da BBC que adapta as história clássicas de Sherlock Holmes aos dias de hoje. Como expressar em palavras o quão incrível essa série é? 


Sherlock é composta de duas temporadas (a terceira já está confirmada para 2013) com três episódios de 90 minutos cada. Apesar de extensos, os episódios nada tem de cansativos. É impressionante como eles conseguem adaptar os contos clássicos para histórias atuais e relativamente plausíveis. 


O detetive abusa de recursos modernos como pesquisa pela internet e celulares, ele é praticamente obcecado  por mandar mensagens de texto.  E no lugar dos livros de Watson, o doutor escreve as aventuras de Holmes num blog. 


As atuações de Benedict Cumberbatch (Sherlock) e Martin Freeman (Dr. John Watson) são memoráveis. Quem não adora os trejeitos e as tiradas do detetive? Pena que são tão poucos episódios por temporada!


Não posso deixar de frisar o quanto Sherlock é genial e todas as pessoas do universo devem assisti-la. Ok, parei. Mas falando sério, esse é um dos melhores e mais bem feitos seriados que estão no ar. Dinâmico, engraçado e inteligente, Sherlock definitivamente merece entrar para sua watchlist.
Emma (Rachel Bilson, a eterna Summer) e Will (Tom Sturridge) cresceram sendo melhores amigos, mas perderam o contato quando os pais dele morreram. O problema é que o distanciamento é apenas por parte Emma, já que para Will, ela foi, é e sempre será a pessoa mais importante da sua vida.

Justamente por acreditar nessa ligação eterna que ele a segue por todos os lugares. Para esse estilo de vida ser possível, Will não cria vínculos materiais, ele não tem casa ou trabalho e sobrevive como malabarista nas ruas desse mundão.

Quando o pai de Emma adoece, ela é obrigada a voltar para a sua cidade natal e aceitar algumas coisas sobre o rumo que a vida dela tomou: ela não tem sorte nem no amor nem na carreira como atriz. É no meio desse caos que Will resolve contar tudo para Emma.

Mas como nem a vida no cinema pode ser fácil, um clássico vilão de filmes água com açúcar para mulherzinha resolve se aproveitar da inocência de Will para acabar com as chances do rapaz e reconquistar Emma.

Waiting For Forever é um filme de estrutura bastante simples e trama previsível e absurda, mas ainda assim o desfecho é muito mal explicado, deixando alguns buracos na história. Will é a personificação do Peter Pan, talvez por isso tenha escolhido uma vida de ilusões, e Emma é uma personagem comum demais. Fui incapaz de me identificar com qualquer um dos dois ou com o enredo. Sei que o filme tem muitas fãs, mas não sou uma delas. O longa tem um ritmo lento demais para o meu gosto.

Título nacional: A Jornada
Autora: Erin E. Moulton
Ano de lançamento: 2011
Número de páginas: 200
Editora: Novo Conceito
Título original: Flutter


As irmãs Maple e Dawn Rittle são as crianças mais empreendedoras que eu já conheci. A história da aventura delas começa no dia em que a mãe entra em trabalho de parto antes da hora e a irmã delas nasce prematura - e correndo perigo.
 

Então Maple lembra da história que a mãe sempre lhe contava, sobre uma pedra que tinha o formato de uma mulher e que a água que brotava ali era milagrosa. Entreouvindo as conversas dos adultos, ela percebe que sua irmãsinha precisa exatamente disso: um milagre.
 

Maple arquiteta um plano para ir até a tal pedra, chamada Fonte da Mulher Sábia. Quando está tentando sair de casa na surdina de madrugada, Dawn a descobre e tenta fazer com que desista, mas como Maple é firme, as irmãs acabam indo juntas.
 

Apesar do objetivo ser sobrenatural, a história me ganhou porque a autora conseguiu manter o realismo do que eu imagino que seriam duas irmãs se embrenhando na floresta: tem discussão, tem briga, tem urso, tem caçadores, tem machucados, enfim, elas passam por perrengues variados e bem reais. Sempre com uma determinação de fazer inveja a qualquer um!
 

E o final é a coisa mais meiga do mundo! Durante a leitura me peguei pensando que esse livro daria um filme bem legal, se soubessem escolher boas atrizes para interpretar a Maple e a Dawn. É uma leitura rápida e interessante, certamente recomendo para quem gosta de aventuras em florestas e irmãs que se alfinetam, mas no fundo se amam muito.
Título: Fire (Seven Kingdoms #2)
Autora: Kristin Cashore
Ano de lançamento: 2011
Número de páginas: 480
Editora: Dial


Fire faz parte do mundo criado em Graceling. Só que esse volume se passa numa terra distante em que criaturas estranhas habitam. Elas são chamadas de "monstros" e consistem na verdade de animais coloridos que são muito perigosos e atacam tudo, mas principalmente outros de sua espécie. A cor os torna lindos e irresistíveis e eles têm o poder de controlar as mentes alheias.

Fire, a protagonista, é uma humana "monstro". O efeito de seu cabelo vermelho como fogo é enlouquecedor. Todos os homens a querem e as mulheres têm inveja. Ela vive sob a proteção de Archer, um príncipe que não perde a oportunidade de pedir a moça em casamento, isso quando não estão dividindo a cama. 


Há uma conspiração rolando entre os reinos e Fire acaba no meio dessa confusão devido aos seus ¨atributos¨. O livro tem uma história bem confusa e cheia de reviravoltas. E esse infelizmente, é um ponto negativo. Muita coisa acontece, mas muito poderia ter sido retirado da história por não acrescentar nada. E fica a dúvida sobre o que realmente o livro é sobre. É sobre o romance, a batalha, a conspiração, ou é apenas um epílogo de um certo personagem muito importante para Graceling?


Enfim, mais de 400 páginas dos lamentos e confusões da Fire é demais para qualquer um... Não que o livro seja ruim, mas peca pela falta de simplicidade e concisão. 
Título Nacional: A pirâmide vermelha
Autor: Rick Riordan
Ano de Lançamento: 2010
Número de Páginas: 448
Editora: Intrínseca
Título Original: Kane Chronicles 01: The Red Pyramid

A vida de Sadie e Carter nunca foi muito normal. Eles são filhos de um egiptólogo e uma antropóloga, dois obcecados pela cultura egípcia. Depois da misteriosa morte da mãe, o destino fez com que os irmãos se separassem. Sadie foi morar na Inglaterra, com os avós, e Carter virou um cidadão do mundo, na companhia do pai. A família se reencontra apenas dois dias por ano.

Por causa dessa divisão, Sadie ficou com a vida comum: a rotina de ir para a escola, ter amigos, um lar. Para Carter sobrou um estilo de vida diferenciado, o que significa que ele se veste como um velho e carrega todos os seus pertences em uma mochila. A distancia os transformou em estranhos e os levou a acreditar que o outro ficou com a melhor parte. 

O que nenhum dos dois poderia imaginar é que num desses poucos encontros, os destino se encarregaria de uní-los para salvar o mundo do deus Set. 

Não é nenhuma novidade que Rick Riordan é especialista em misturar mitologia com o mundo moderno. Ele não passa vergonha com A Pirâmide Vermelha. A narrativa alterna entre Sadie e Carter, e por serem dois adolescentes é bastante inocente, beirando a ingenuidade. O autor sabe como explorar o mundo pelos olhos de pessoas bem jovens. Assim como em Percy Jackson, a mitologia não é aprofundada, mas isso não atrapalha o entendimento da obra. 

A história é ótima, os diálogos são engraçados, os personagens bem trabalhados e o enredo é bastante inteligente. Rick Riordan sabe como dar vida aos deuses, sejam gregos ou egípcios. 

Sempre pensei que a curiosidade poderia ser tanto uma qualidade quanto um defeito, dependendo de quem a possuísse e como administrasse. No caso do jovem jornalista Tintim, a curiosidade ganha ares de qualidade com sua execução perfeita, aliada a deduções que eu certamente nunca faria, me deixando com a dúvida se habilidades assim podem existir na vida real – certamente podem, diz meu lado otimista.

Adaptado dos quadrinhos de Hergé, “As Aventuras de Tintim”, filme de Steven Spilberg, conta mais uma história do rapaz curioso e seu inseparável companheiro, o cachorro Milu. Os dois se vêem envolvidos em uma caça ao tesouro depois que Tintim adquire uma miniatura de um barco e imediatamente vira alvo de ameaças e tentativas de roubo da peça.

Os rumos da aventura levam Tintim e Milu a conhecerem o capitão Haddock, que é movido a álcool e tiradas espirituosas. Eu achei o capitão Haddock uma das coisas mais divertidas do filme, ao lado dos detetives Dupont & Dupont. Os três dão vida as cenas mais atrapalhadas e engraçadas de todo o filme. Um lado possivelmente negativo do filme seja a quantidade de tiros e "pé na porta e soco na cara" em excesso para crianças, mas aí vai do julgamento de cada um.

Achei extremamente válida também a ideia do Spilberg de utilizar uma tecnologia semelhante à usada pelo James Cameron em “Avatar”. O filme se torna um híbrido entre real e animação, bem executado em todos os detalhes, incluindo a textura dos pêlos do Milu e o efeito da água no oceano. A captação das expressões dos atores também foi perfeita. 

Aliando perfeitamente a tecnologia a uma boa trama, o filme tem tudo para valer o ingresso do cinema e agradar até aos mais exigentes.
Título nacional: Uma manhã gloriosa
Autora: Diane Peterfreund
Ano de lançamento: 2011
Número de páginas: 267
Editora: Record
Título original: Morning Glory

Becky é demitida do seu antigo emprego como produtora de um programa de notícias matinal. Só que programas matinais são a sua vida. Depois de muito penar, ela só consegue emprego num programa que praticamente já está com seu tempo no ar esgotado. E cabe a Becky salvar o programa e, de quebra, a sua carreira.

O livro é bem curtinho e a leitura é bem rápida. Só que só vão até aí as vantagens. A história é bem superficial e os personagens não são desenvolvidos. Fica faltando contexto e as soluções são todas muito simples e tudo acontece muito rápido. E ainda tem um romance bem bobinho só para constar.

Apesar de ter sido escrito pela mesma autora da ótima série Sociedade Secreta, faltou o característico humor de suas histórias. Um único ponto positivo é a força de vontade da protagonista que nem por um momento deixa de acreditar em si mesma e no potencial do programa.

Não que o livro seja de todo mal, mas diria que ficou faltando "molho" nessa história. No final das contas, é uma leitura para um dia preguiçoso de férias, mas ainda assim não acho que valha a compra...


Título nacional: Bela Maldade
Autora: Rebecca James
Ano de lançamento: 2011
Número de páginas: 302
Editora: Intrínseca
Título original: Beautiful Malice

Um soco no estômago. Essa é uma das definições que posso dar para a leitura de Bela Maldade. Rebecca James certamente não poupa descrições e diálogos ácidos em sua narrativa!

O livro conta a história de Katherine Petterson, que depois de algo terrível que aconteceu com sua família, muda de nome e de cidade (de Melbourne para Sydney), passa a morar com a tia e tem como objetivo terminar o colegial sem ser notada. Só que seu objetivo falha quando Alice, popular e bonita, decide que Katherine entrará para seu círculo de amizades.
 
No início, Alice é tudo que gostaríamos de ter como amiga: divertida, companheira, incentivadora. Mas conforme o tempo vai passando, ela se revela temperamental (para dizer o mínimo), e vai de tranqüila à pura maldade em menos de dois segundos. Como Katherine lidará com isso? Como eu e você lidaríamos com isso?
 
Não dá pra falar muito mais da história do livro sem entregar momentos chave. Mas deixe-me dizer que não é um livro que deixará curiosidades no ar, a autora responde a tudo. E também é extremamente descritiva, como eu disse anteriormente, então talvez não seja um livro recomendado a galerinha com menos de 15 anos – apesar que acredito que não seja nada que já não tenham visto nos jornais, mas é melhor prevenir. Talvez em alguns casos seja uma leitura forte demais para a idade, mas cada um sabe de si!
 
Gostei bastante no livro dos três tempos narrativos: a história é contada pela Katherine relembrando o passado, ela no presente e a versão mais velha dela contando o futuro. Essa foi uma ideia muito bem executada pela autora! O que eu achei um ponto fraco no livro foi o romance – o casal vai de “nos conhecemos hoje” a “nos amamos e vamos morar e viver juntos para sempre” em menos de 48 horas, o que eu acho que é um recorde de velocidade nos romances de livros YA. Não que seja ruim, o casal é bem simpático, mas eles evoluem muito (e bota muito nisso!) rápido.
 
Quanto ao final, eu achei surpreendente, mas talvez outros leitores com habilidades de dedução mais apuradas percebam bem antes.  É um livro muito bom, mas que também é um pouco pesado por tratar de temas delicados. Se você não tem receio de um ótimo soco no estômago, separe o remédio  e leia Bela Maldade!

Sigam-nos os bons!

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