Título Nacional: O Livreiro de Cabul
Autor: Asne Seierstad
Ano de lançamento: 2009
Número de páginas:277
Editora: Best Bolso
Título Original: Bokhandleren I Kabul

Essa foi minha leitura de maio para o Desafio Literário, cujo tema era livro-reportagem. Escolhi esse livro por contar a história de alguém que trabalha com livros em um país tão turbulento e também porque ler sobre a cultura afegã é interessante, para dizer o mínimo.

O livro foi escrito pela jornalista norueguesa Asne, ela morou por meses na casa da família Khan na capital afegã entre o final de 2001 e o começo de 2002, uma época bem conturbada mas também com certa esperança no ar devido à queda do Talibã. Asne escreve com base em coisas que viu e histórias que lhe foram contadas, tecendo assim um grande retrato da família de Sultan Khan, o livreiro do título, e também um pouco da história do país.

A única coisa que pode "pesar contra" a leitura é a tristeza e a indignação que dá: a opressão é gigante sobre as mulheres. Seja vinda de interpretações das escrituras religiosas ou de velhas tradições culturais, ela deixa um nó imenso na garganta e a vontade de ir lá chutar a bunda de todos os fundamentalistas e homens imbecis (pronto, desabafei).

Apesar disso, eu gostei da leitura. O livro é muito bem escrito e cada história contada nos prende. Certamente recomendo para quem quer ampliar os horizontes e ficar sabendo mais sobre o Afeganistão.
 

Título Nacional: Onde Termina o Rio
Autor: Charles Marti
Ano de lançamento: 2010
Número de páginas: 448
Editora: Record

Título Original: Where The River Ends


Esse livro é do tipo que revela na sinopse o que está por vir, por isso, antes mesmo da leitura já fica evidente que se trata de uma história de amor bastante triste, de um casal que foi muito feliz, mas que a felicidade acabou por causa de uma doença terminal.

Doss Michael era apenas um estudante sem dinheiro quando conheceu a mulher da vida dele. O garoto de origem humilde, não se deixou abalar pelo fato de a tal garota ser filha de um homem poderoso e modelo famosa. Abigail Coleman foi criada com a nata da sociedade para ser um exemplo de mulher phyna e ryca, mas que nunca perdeu o espirito livre e decidiu, muito jovem, que se casaria apenas por amor.

Depois de dez anos de casamento, surge um terceiro elemento no relacionamento deles: o cancêr. Quatro anos depois, eles são obrigados a lidar com a morte cada vez mais próxima de Abbie.

O livro alterna a narrativa de Doss sobre passado e presente. E enquanto o passado não se encontra com o começo do livro, as memórias são a melhor parte. O presente fica um pouco chato por causa das descrições desnecessariamente longas do rio St. Marry. Quando a história passa a fluir de maneira contínua, sem nenhum tipo de alternância de tempo, é impossível parar. Apesar do final previsível, o modo como tudo acontece é atraente demais para ser deixado pelo meio. Sem esquecer que também existe uma surpresa.

Além do amor sem limite de Doss por Abbie, o livro explora o modo como o pai dela lida com a doença, as escolhas que ela fez e o significado de amor paterno. Em algum momento fica claro que Doss é obediente demais e Abbi é egocêntrica demais, uma combinação um tanto perigosa, já que faz com que ele não questione nenhuma decisão tomada pela esposa, mas se ele fosse um pouco diferente, não existiria o livro.

Onde termina o rio é recomendado para românticos incuráveis e chorões e/ou choronas de plantão.
O filme começa com Jacob Jankowski, um senhor de 90 e poucos anos começa a relembrar a história de sua vida com a chegada do circo na cidade. Ele perdeu sua esposa há alguns anos e desde então vive num asilo, onde os filhos se revezam para visitá-lo. 


Durante a depressão dos Estados Unidos, o Jacob de 22 anos (Robert Pattison) estuda numa renomada faculdade de medicina veterinária. Até que uma tragédia acontece bem no dia se seu exame final e ele se vê sozinho no mundo. Acaba pegando carona no trem de um circo, mais precisamente, do Circo dos irmãos Benzini.


E depois de certo esforço e sorte começa a fazer parte da equipe. Tudo é bem precário, as instalações, as refeições, as condições de trabalho. Porém, no meio de tudo isso ele se apaixona por Marlena (Reese  Witherspoon), a esposa do temível dono do circo August (Christoph Waltz). Para complicar, chega ao circo Rose, uma simpática elefanta que ganha o carinho de todos, menos o de August que tem o péssimo costume de machucá-la.


O grande problema do longa foi a escolha dos atores. Pattinson não consegue dar conta do papel do bom moço Jacob, Reese conseguiu transformar a doce Marlena numa mulher amargurada e sem personalidade. Nem Waltz conseguiu dar profundidade ao papel do dono do circo.


O que é uma pena porque o filme foi baseado no livro homônimo de Sara Gruen e tinha tudo, mas tudo mesmo para dar certo. Mas toda a beleza da história se perdeu na adaptação. Por isso antes de assistir ao filme, corra para a livraria mais próxima e leia o livro.


Resenha do livro aqui.
Título: The Book of Tomorrow
Autor: Cecelia Ahern
Ano de Lançamento: 2009
Número de Páginas: 320
Editora: Harper Collins


O livro conta a história da Tamara, que tem  16 anos e vivia uma vida cheia de dinheiro à lá Gossip Girl (só que na Irlanda e não em NY) até que seu pai morre. Então ela e a mãe tem que vender a casa por conta das dívidas deixadas e ir morar com o tio Arthur e sua mulher, Rosaleen, no interior. Um dia enquanto Tamara está entediada refletindo sobre a vida, o Universo e tudo o mais, um ônibus para na frente da casa e ela acaba conhecendo a biblioteca viajante. E nesse ônibus-biblioteca ela encontra algo diferente, o livro do título. 

O livro na verdade é um diário, que literalmente da noite para o dia passa de totalmente em branco para preenchido, mas apesar da letra ser dela, Tamara tem certeza que não escreveu nada daquilo. E mais: o que aparece escrito é sobre o dia seguinte. E tudo acontece como estava escrito. Então Tamara passa a fazer as coisas de um jeito diferente, para tentar melhorar e descobrir as coisas. E isso é tudo o que eu posso dizer sem entregar muito a história.


Além do livro que diz o futuro e as paisagens muito bem descritas do interior da Irlanda - ruínas de um castelo, florestas, um convento com muro de pedra, essas coisas - a autora também acerta no tom que dá aos desabafos de Tamara quanto a morte do pai, seus arrependimentos, seu luto e a preocupação com a mãe. 

É tudo tão bem escrito, que quando o livro acaba você sente aquela ponta de saudade da Tamara e de todos os personagens! Recomendo muito mesmo e editoras, publiquem esse livro no Brasil, por favor!



Mais uma vez a atriz Nia Vardalos (Casamento Grego) faz uma homenagem aos seus antepassados gregos, explorando a mitologia e as paisagens da Grécia, na comédia romântica água com açúcar sem novidades Falando Grego.

Georgia (Nia Vardalos) é uma desiludida e desempregada professora americana que, por falta de trabalho na área, atua como guia turística numa agência meia boca na Grécia. Apaixonada pela cultura grega, tenta passar a sabedoria sobre o passado local para turistas para lá de desinteressados que só querem fazer compras e pegar um solzinho na praia mais próxima.

Como se os grupos repletos de pessoas entendiantes não fosse suficiente para deixá-la frustrada, o ônibus com arcondicionado pifado, o calor dos infernos e o motorista bizarro complementam essa vida sem sentindo e infeliz que ela leva. Até a chefe dela sabe que os turistas avaliam do trabalho de Georgia como apenas na média, só porque os formulários de avaliação dos guias da agência de turismo não oferece a opção uma droga.

Como toda comédia romântica precisa de uma fada madrinha e um principie encantado, essa não foge da receita e tem Irv Gordon (Richard Dreyfuss) como o turista que ensina Georgia a aproveitar o melhor das coisas. Já o tal motorista bizarro Poupi Kakas (Alexis Georgoulis) é o patinho feio que depois de uma transformação se torna um homem super pegável disposto a ensinar para ela o que é um grande amor.

A história é clichê e os personagens sem novidades, mas as a cultura grega e as paisagens de lá tornam o filme mais do que interessante. Vale a pena assistí-lo pela, pequena e sutil, aula de história que uma vez ou outra oferece uma risada boba.
Título Nacional: Percy Jackson e o Ladrão de raios
Autor: Rick Riordan
Ano de Lançamento: 2008
Número de Páginas: 397
Editora: Intrinseca
Título Original: Percy Jackson & the Olympians: The Lightning Thief


Sempre tive uma fascinação por tudo o que fosse relacionado a Mitologia Grega, por isso até estranhei o tempo que levei para resolver ler a série do Percy Jackson e assim que comecei a ler o Ladrão de Raios já tinha me apaixonado pela história. 


Pra quem nunca ouviu falar, Percy Jackson tem 11 anos e sempre foi um menino... problemático. Não que fosse culpa dele, mas coisas sempre pareciam acontecer com ele por perto. E prestes a ser expulso de mais uma escola ele recebe a notícia que muda sua vida: ele é um Semideus, filho de Poseidon, o Deus dos mar.


Isso mesmo, os deuses gregos ainda existem e continuam namorando mortais por aí. E como todo herói, Percy já ganha sua missão. O raio mestre de Zeus foi roubado e a culpa cai no coitado do Percy e ele tem que sair por aí para procurar o tal objeto e provar sua inocência. E como ajuda ele tem a filha de Atena, Annabeth e o sátiro, Grover. 


Por ser o primeiro volume da série, Ladrão de Raios é um pouco mais extenso que os outros por ter várias explicações a dar, mas nada de chatice não. Toda a série Percy Jackson tem um senso de humor muito bom, até nos títulos dos capítulos, diga-se de passagem.


No primeiro momento, a história pode lembrar muito Harry Potter. Mas não deixem de continuar a ler só por isso. A série de Rick Riordan tem muita personalidade própria e merecer ser lida. E acredito que todos possam gostar das duas séries. Uma não anula a outra. Por isso, sem preconceitos!


Super recomendado para os amantes de Mitologia Grega, de uma boa aventura e diversão!

Esse é o filme mais recente do Xavier Dolan, do qual eu já falei no blog quando assisti Eu Matei a Minha Mãe.

Ouso dizer que Amores Imaginários seria uma espécie de 500 Dias Com Ela versão canadense falada em francês, se não fosse pelo triângulo amoroso e pelo platonismo que marca todo o filme (por isso mesmo tem imaginários no nome), ao contrário de 500, onde temos um casal que fica junto. Mas a ideia é basicamente a mesma: mostrar como começam e terminam relacionamentos, até mesmo os platônicos.

O filme conta a história de Marie e Francis, dois amigos que em uma festa acabam conhecendo Nicolas, o rapaz dos cachos dourados e fã da Audrey Hepburn. A partir daí, os dois vão disputar as atenções de Nicolas, que hora parece ir para um lado, ora parece ir para o outro.

Duas coisas muito legais do filme são a trilha sonora, que passa exatamente os sentimentos dos personagens por cada situação (as vezes até meio malucas) que passam e também os depoimentos de pessoas contando sobre seus amores imaginários ou não, que entram em algumas partes do filme.

Com ou sem depoimentos e trilha sonora boa, é um filme muito realista e uma história bem contada.
Quando o mundo que conhecemos está próximo do fim, o jeito é relaxar e aproveitar o que ainda resta. Em Zumbilândia, a diversão acontece entre a morte de um zumbi e outro.

Não ter vida social pode ser um fator determinante para sobrevivência de um jovem em tempos de zumbis esfomeados. Foi isso que manteve Columbus (Jesse Eisenberg o irmão gêmeo de interpretação de Michael Cera), um virgem solitário dedicado ao video game, vivo durante tanto tempo. Até que uma vizinha gostosa pede abrigo e manda essa boa vida descarga a baixo.

Quando a jornada no mundo real tem ínicio, ele conhece o destemido Tallahassee (Woody Harrelson), um cara bastante simples que sente imenso prazer em matar de vez os mortos. Os dois levam uma vida muito boa, até conhecerem as irmãs Wichita e Little Rock (Emma Stone e Abigail Breslin), duas picaretas dispostas a tudo para conseguirem o que desejam. De alguma forma, os quatro viram uma equipe unida que se ajuda para sobreviver.

É difícil transmitir num texto os ensinamentos hilários desse filme, que com certeza virou um clássico gênero. Woody Harrelson, no papel de Tallahassee, rouba a cena. E a participação de Bill Muray é muito boa e, ligeiramente, triste.

Adorei o filme, mas confesso que não entendi qual é a dos zumbis, pois eles são muito de boa e deixam os sobreviventes em paz, na maioria do tempo. De qualquer forma, vale muito a pena assistir e dar boas risadas.
Título: The Lost Hero (The heroes of Olympus #1)
Autor: Rick Riordan
Ano de lançamento: 2010
Número de páginas: 576
Editora: Disney Hyperion 


Rick Riordan sabe muito bem o que faz. Autor de séries de sucesso como Percy Jackson e os Olimpianos e as Crônicas dos Kane, ele traz uma nova série:  The heroes of Olympus (Os herois do Olimpo, em português).

No primeiro volume The lost hero (O heroi perdido) a história gira em torno de três semideuses novos: Jason, Piper e Leo.

Jason, literalmente, acorda ao lado de Piper e Leo numa excursão da escola sem a mínima ideia de quem é. Logo, no entanto, os três descobrem um dado muito importante sobre eles mesmos: eles são semideuses. E como tal, logo são enviados quase em segurança para o Acampamento Meio-Sangue.

A história retoma um ano após o final de Percy Jackson. Agora os deuses tem que reclamar seus filhos até os treze anos e é estranho como três semideuses de 16 anos aparecem por lá ainda sem reconhecimento...

É lá que revemos personagens conhecidos e queridos como Annabeth, Rachel e Quíron. Também ficamos sabendo que Percy simplesmente sumiu e Annabeth está loucamente atrás dele (chorar aqui). E pelo que parece, Jason, Leo e Piper são três dos sete citados na profecia de Rachel, por isso eles já tem uma missão a cumprir.

Muitos dos elementos de Percy Jackson estão nesse livro. Os encontros com figuras mitológicas, o humor, a aventura, o companheirismo e a coragem. Porém, logo de cara, essa série é bem mais madura que Percy Jackson. Desde o drama de cada personagem até a história em si. Riordan conseguiu criar personagens que se sustentam sem os já conhecidos pelo público. Mesmo que você comece a ler para lembrar de Percy, você logo torcerá para Jason, Piper e Leo.

Os amantes de Mitologia Grega e Romana não ficarão de jeito nenhum decepcionados com a nova série de Rick Riordan. Mais uma vez ele mostrou que sabe muito bem o que faz e conseguiu  "continuar" muito bem sua série, criando algo totalmente novo.
Eu li a versão em inglês, mas a Intrinseca já lançou por aqui em português.

Só duas reclamações: os capítulos não tem mais aqueles títulos engraçados que, para mim, eram uma das melhores coisas da série. E, segundo, como Riordan me termina o livro daquele jeito sem ter o segundo prontinho na prateleira de todas as livrarias? Como ele pode fazer isso?
Imagine um futuro no qual não é preciso sair de casa para "viver", basta sentar na cadeira de controle e dar vida ao seu substituto, um andróide que nada mais é do que uma versão melhorada de você mesmo, e ele que fica encarregado de ir para rua. Acho que o lema dessa sociedade do futuro é "sair de casa já é se aventurar".

Em 2054, a maioria da população já percebeu os risco do cotidiano e por isso deixa uma versão sintética se arriscar. Para isso é preciso um andróide substituto da Virtual Self, que pode ser parecido ou não com o dono, podendo ser do sexo oposto ou ter qualquer outro tipo de melhoria. A vantagem disso é que apesar da consciência ligada com o robo, nada acontece com o controlador quando o ser sintético morre.

Estaria tudo muito bem se todos aceitassem esse estilo de vida, mas como sempre existiu e sempre existirá gente do contra, nesse futuro nem tudo mudou e alguns humanos são contra os andróides. É por esse motivo que é criada uma arma que mata substituto e controlador e é dessa forma que os "rebeldes" pretendem acabar com toda essa perfeição. Dois policiais são designados para cuidar do caso: Tom Greer (Bruce Willis) e Peters (Radha Mitchell).

O filme tem um ritmo legal e envolvente, com reviravoltas que prendem o público. A mensagem também é muito boa, fala sobre a falta de comunicação entre os humanos por causa da interferência das máquinas e da necessidade humana de ter aparência perfeita para ser aceito pela sociedade. É um prato cheio para os apreciadores da boa e velha ficção científica.
Título Nacional: Halo
Autor: Alexandra Adornetto
Ano de Lançamento: 2010
Número de Páginas: 472
Editora: Agir
Título Original: Halo


Três anjos, Gabriel, Ivy e Bethany foram enviados a Terra para proteger a pacata cidade de Vênus Cove de forças do mal que ameaçam todo o mundo. Eles estão disfarçados de irmãos e durante a visita têm que manter as aparências e viver as experiências humanas, ao mesmo tempo que dão orientação a população da cidade. O que não esperavam era que Bethany fosse levar as coisas tão ao pé da letra.


Por ser a mais nova do trio ela se encanta com as todas as sensações humanas e se apaixona pelo popular, mas inatingível, Xavier. Ao se envolver cada vez mais com o garoto ela se vê seduzida pela vida humana e por seu relacionamento com ele.


Apesar das diferenças óbvias, Halo é bem parecido com Crepúsculo. O romance estantâneo e sem motivo aparente, o garoto perfeito, a busca por experiências humanas... Mas o que faz dessa série, diferente da saga dos vampiros é que nesse caso há uma história maior que o romance do casal de pano de fundo, pelo menos nesse primeiro volume.


Um problema do livro são alguns diálogos muito infantis e sem noção. A personalidade de Bethany era inconstante. Ela conseguia ser sensata e egoísta em uma mudança de poucas páginas. Assim como seus irmãos que ora eram super rigorosos, ora totalmente liberais.


Por ser o primeiro volume de uma série várias explicações ficam para depois. Mas nada que deixe os leitores desesperados pela continuação. Sequência que pelo jeito vai seguir a regra de segundos volumes em que o mocinho se separa da mocinha e faz algo aparentemente estúpido, mas que no fundo era tudo bem nobre. (humpf)   


Li muitas críticas negativas sobre o ritmo do livro ser muito lento. Não concordo. Achei que tudo aconteceu no seu devido momento. Essa impressão provavelmente se deve ao fato que a autora é adepta das descrições minuciosas, fato que irrita quem não gosta desse estilo. 


Se você curte um romance água com áçucar, Halo é a pedida para você.

A história desse filme vai se revelando aos poucos para quem assiste. No começo, vemos o cotidiano do casal Emilia (Natalie Portman) e Jack (Scott Cohen) e a dificuldade de Emilia em lidar com o filho do primeiro casamento de Jack, com a controladora Carolyn (Lisa Kudrow). Sem dúvida dá pra entender e se identificar com as situações difíceis que Emilia passa com o garoto, que muitas vezes parece uma versão menor do Sheldon de The Big Bang Theory, só que sem o tom cômico.

Só que as dificuldades de Emilia com o garoto - e em consequência com Jack e sua própria família - provém de um trauma anterior: sua filha morreu ainda muito novinha, com três dias de vida, e ela ainda não está certa de como deve lidar com isso. Além do mais, ninguém parece entendê-la. É difícil imaginar a dor imensa que ela (e o marido também) sente, e como ela faz para lidar com isso.

O filme foi lançado direto em dvd aqui no Brasil. Pensei que lançariam no cinema, talvez aproveitando o Oscar que a Natalie ganhou no começo do ano. É um filme muito bonito, com atuações muito boas - eu particularmente gostei de todas as cenas da Natalie com o garotinho! E a Lisa Kudrow está excelente, em nenhum momento do filme me lembrei da Phoebe, só agora, quando fui escrever sobre.

Vale a pena assistir, se você gosta de histórias de famílias e de filmes dramáticos.
Título Nacional: O Guardião de Memórias
Autor: Kim Edwards
Ano de Lançamento: 2007
Número de Páginas: 368
Editora: Sextante
Título Original: The Memory Keeper’s Daughter

Em 1964, aconteceu uma das piores nevascas da história da humanidade. E foi nessa noite fria que Norah entrou em trabalho de parto. Por causa das condições das estradas, o médico e amigo que o marido Henry havia contatado sofreu um um acidente. O que não deixou outra opção senão ele mesmo, um ortopedista, com a ajuda da enfermeira Caroline Gill, trazer ao mundo o primeiro filho.

Depois de vários berros e um pouco de desespero, o menino nasceu. E foi com surpresa que o médico percebeu que o trabalho de parto não havia acabado. Com o nascimento, inesperado, do segundo bebê, uma menina com Síndrome de Down, Henry tomou uma decisão que se arrependeria pelo resto da vida, e mandou a enfermeira levar a criança para uma instituição especializada antes que a mulher acordasse.

Caroline tentou, mas foi incapaz de abandonar um criatura inocente dessa forma, e decidiu abandonar a cidade e criar a garota como se fosse sua própria filha. Enquanto isso, o médico contou à mulher sobre o nascimento de um segundo bebê, que nascera morto.

A partir daí vemos as vidas de duas famílias girando em torno de uma única noite. Henry fizera essa escolha baseado em experiência própria, ele perdera a irmã quando era novo, nunca superou isso, e quis impedir o filho de sofrer o mesmo tipo de perda. Não demorou para ele virar um homem calado e obcecado por fotografias.Ele se transformou no guardião de memórias. A esposa nunca superou a "morte" da filha, assim como o filho. E do outro lado do país, Phoebe crescia feliz e saudável, levando uma vida plena, direito pelo qual Caroline nunca deixou de lutar.

O Guardião de Memórias é um livro triste, do começo ao fim, que explora o modo como as consequências de uma decisão podem se prolongar por uma vida inteira. A trama é muito complexa e mostra sentimentos muito profundos para serem explicados aqui, o que torna necessário ler para entender o que estou falando. O arrependimento é tão intenso que o leitor não consegue evitar o ato de se questionar como as coisas seriam se aquela noite de nevasca tivesse sido diferente.

A história é bonita e o livro é ótimo, mas já aviso que não acaba quando a gente lê a última página, ele fica vários dias ecoando na nossa memória.  
Não sei quase nada sobre Mitologia Nórdica, sei menos ainda sobre gibis. Mas nada disso me impediu de assistir ao filme de Thor, o filme do deus nórdico do trovão, que na verdade foi baseado na história em quadrinhos da Marvel.

No filme, o reino de Asgard sofre com uma possível guerra com os gigantes de gelo. Thor em toda a sua sabedoria, consegue fazer com que tudo piore e é expulso para a Terra para aprender uma lição. Aí é que ele encontra Jane, uma cientista estudando uns fenômenos estranhos relacionados exatamente ao reino do deus do trovão.

A história se intercala entre Thor procurando voltar ao seu lar e os problemas de Asgard. Quando mostra a Terra, o filme ganha ares de comédia, com armas de choque, facebook e estranhamentos. Já em Asgard, ganha um ritmo mais pesado, com atuações exageradamente épicas. Thor iria ficar bem mais divertido caso se passasse inteiramente com o deus tentando entender o lugar em que está.

Bom filme para assistir sem muitas expectativas. Uma diversão para um sábado a noite. E mais: uma prova de que Hollywood está louca atrás de franquias lucrativas. Fica a dica.
Título Nacional: Leo e as Caixas de Música
Autor: Ricardo Prado
Ano de Lançamento: 2010
Número de Páginas: 166
Editora: Casa da Palavra

O livro conta a história de Léo, um adolescente que se vê obrigado a passar um tempo na casa da avó pois seu pai é diplomata e se mudou para a República Tcheca. Ele se dá bem com Helena (a avó), mas tem problemas em lidar com os pais, que acha que são muito sérios e não entendem nada do que ele pensa da vida.


A coisa muda um pouco de figura quando Helena lhe dá de presente as caixas de música. São caixas com as coleções de vinis (a história se passa em 1989, então o máximo da tecnologia era fita cassete) de várias bandas de rock. Conforme Léo vai ouvindo, descobre que com cada vinil vem uma ficha com anotações e indicações de bandas feitas pelo pai dele, quando era mais novo. Mesmo sem acreditar muito que o pai um dia já foi roqueiro e venerava o Bob Dylan, a conexão entre o adolescente e o "velho" vai crescendo. 


As partes mais legais do livro são as reuniões que Léo decide fazer com seus amigos de escola para eles ouvirem os discos. Eles também pesquisam e apresentam informações sobre as bandas, o que acaba ficando além de divertido, didático. Fiquei sabendo muito mais do que imaginava sobre o The Who e o Rolling Stones e é sempre bom ler mais sobre os Beatles, Led Zeppelin, Woodstock. 

As partes mais "chatinhas" são os dramas adolescentes do Léo, mas são poucas. Acho que não sou exatamente o público alvo do livro, me senti velha lendo alguns problemas adolescentes. Mas acho que a música não tem idade, e ler sobre as descobertas do Léo e dos amigos dele foi muito divertido! Além disso, esse é o primeiro livro de uma série que pretende falar de outros ritmos além do rock´n´roll. Esperarei pelo de música brasileira, cheia de curiosidade.
Título: Getting the girl
Autor: Markus Zusak
Número de páginas: 250
Editora: Push


Esse é o terceiro e último livro sobre a família Wolfe. A resenha do segundo pode ser vista aqui.


Camerom é um zero a esquerda. Ele sabe disso, a namorada do irmão sabe disso e até o desconhecido do ponto de ônibus sabe disso. Ele é um perdedor acostumado a morar na sombra do irmão Ruben. Não é o mais inteligente da família, nem o mais bonito, nem o mais forte. Sem dúvidas ele também não é bom com as mulheres.


Assim como a maioria dos adolescentes do sexo masculino, ou não, Camerom pensa bastante em sexo. Fantasia com mulheres estranhas impressas em revistas de esportes e atrizes de tv. Ainda corre atrás da menina que se apaixonou pelo irmão, no livro anterior, mesmo sabendo que ela o despreza. Nada disso muda até que Octavia começa a namorar Ruben. 


Octavia é diferente das garotas sem classe que Ruben costuma pegar, usar e descartar quando enjôa. Ela é engraçada, inteligente e cheia de personalidade. Tão cheia de personalidade que não atura as atitudes machistas e ridículas de  Ruben, ela dá um pé na bunda dele e acaba logo  com a palhaçada.


Algum tempo depois, oferece a Camerom a chance de ficar com ela, mas tudo chega ao fim quando o irmão dele descobre. Nesse meio tempo, entre descobrir o amor e perdê-lo, ele também aprende a externar aquilo que o aflige, escrevendo sobre impressões e sentimentos totalmente sinceros. E enquanto isso, o Wolfe Pack começa a amadurecer individualmente e se conhecer como família.


Getting the girl fecha o ciclo de maneira magnífica, ao mesmo tempo que não ocorre um fechamento de verdade. Os personagens amadurecem, a vida acontece e todos seguem em frente para um futuro distante dos nossos olhos. 


Adorei o modo como os irmãos "secundários", Sarah e Steve,  ganham espaço e se transformam nesse livro. Em algum momento, são os dois que fazem a diferença e motivam Cam a sair do casulo, a deixar de ser o lonely bastard que todos o consideram.
Título Nacional: Longe demais
Autor: Jennifer Echols
Ano de Lançamento: 2011
Número de Páginas: 238
Editora: Pandorga
Título Original: Going too far


Aparentemente, Meg só se mete em confusões. Numa dessas noites vivendo la vida loca ela vai com o "peguete" vagabundo, a amiga certinha e o respectivo namorado dela até uma ferrovia abandonada, onde supostamente um casal de adolescentes morreu atropelado pelo trem e a entrada no local ficou proibida depois disso.

Os jovens são pegos pelo policial John que resolve dar uma pena diferente para eles e decide que cada um deve passar uma semana com os bombeiros, os paramédicos ou com a polícia. E Meg é a felizarda para ficar uma semana inteira com o jovem policial de 19 anos, John. 

Aos poucos você começa a perceber que há algo de muito errado tanto com John como Meg e não chega a ser uma grande surpresa. 

O livro todo é bem confuso. Os pensamentos dos personagens muitas vezes não fazem sentido e dá a impressão de que faltam pedaços da história. Fiquei na dúvida se era uma péssima tradução do inglês ou se era falta de talento da autora. Há também erros de digitação ao longo dele.

A história não chega a ser uma cópia de todos os outros romances adolescentes, mas falta um tempero, digamos assim, para que seja especial. Além disso, algumas atitudes dos personagens foram no mínimo sem noção.

No final, Longe demais é para as românticas que querem fugir um pouco dos vampiros, lobisomens e mocinhas sem atitude.

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