Lottie é uma mulher de 33 anos cheia de sonhos incomuns e super alegre. Richard era seu namorado há três anos e ela acreditava que ele era sua alma gêmea. Certo dia, Richard a convida para um almoço todo especial dizendo que precisava fazer uma pergunta. O mundo de Lottie parou. Ela tinha certeza que ele iria pedir sua mão em casamento e que seu momento havia chegado. Como nem tudo no mundo são flores, a pergunta não foi a esperada e ficou bem claro que o moço não tem nenhum interesse em juntar os trapos com ela e formar uma família.

Um dia ela se viu entrando na igreja e, de repente, se viu no fundo do poço e ficou arrasada. O grande "Q" da questão é que Lottie sempre foi uma mulher durona e que nunca se permitiu ficar numa pior. Tomava atitudes impensadas e que, quase sempre, acabava com uma listinha de arrependimentos. Sua irmã mais velha, Fliss, era a responsável por juntar os cacos e chamava essas decisões de "escolhas infelizes".

A relação das duas sempre foi muito afetiva. Fliss cresceu acostumada a tomar conta de Lottie e assumiu, sem perceber, o papel de mãe da irmã. Porém, Fliss estava passando por maus bocados. Estava no meio do divórcio com Daniel, pai do seu filho Noah, o que a tornou uma mulher amarga e negativa de tanto que o atual ex infernizava a sua vida. E o pior, negligenciava o filho que tinha paixão pelo pai.

Assim que soube da separação de Lottie, Fliss ficou arrasada, mas sabia que não poderia demonstrar tanta piedade. Teria que esperar a irmã se recuperar ou explodir de vez e pedir aos céus para que a próxima Escolha Infeliz não tivesse tantos feridos. Porém, já devia imaginar que a caçula não iria deixar por menos e, com certeza, não decepcionou nesse quesito.

Lottie, como que por ironia do destino, reecontra Ben. Seu ex-namorado de 15 anos atrás e com quem fez um acordo: se os dois estivessem solteiros até os 30 iriam se casar. O que ela não iria imaginar é que o ex ainda era apaixonado por ela e, acima de tudo, lembrou do trato. Em um surto de romantismo, Ben a pede em casamento e Lottie aceita.

Quando soube do futuro casório, Fliss quase infartou e decide bolar um plano com Lorcan, padrinho de casamento de Ben. Então, decide que não deixaria sua irmãzinha passar por um divórcio trágico como ela havia passado. Os dois agiram e bateram o martelo: iriam boicotar a Lua de Mel e impedir que consumassem a união.

Mais um livro da diva Sophie Kisella, a rainha do chick-lit que nunca decepciona. Em Lua de Mel, Sophie traz uma novidade em sua narrativa. O livro tem duas protagonistas e os capítulos são narrados de forma intercalada e em primeira pessoa. Dessa forma, o leitor consegue acompanhar o ponto de vista de ambas. Além disso, durante a narrativa, a autora traz histórias paralelas de outros personagens, o que acaba enriquecendo a trama. Ponto positivo para Sophie.

Os personagens contém a fórmula mágica da autora: engraçados e irreverentes. É um livro que traz uma história de amor com humor e, que de quebra, inclui temas do cotidiano. O que faz com que o leitor se sinta mais próximo dos personagens. A história é leve, bem contato e flui muito bem. É o típico "livro de mulherzinha" que dá pra ler em uma tarde para descontrair. Vale a pena!
Este livro foi lido para o Desafio Literário do Tigre. O tema de agosto era "risos". 

Delilah Darling está com 29 anos e acha que não tem nada para apresentar depois de quase três décadas de vida. Ela não tem marido, filhos, apartamento próprio e nem emprego. Mas o que mais a incomoda é o fato de que o número de homens com quem ela dormiu é praticamento o dobro da média nacional segundo um artigo de uma revista feminina. Ela leva isso tão a sério que resolve correr atrás de todos os seus ex namorados para descobrir se algum deles poderia ser sua alma gêmea e assim o seu "número" poderia continuar o mesmo.

"Qual o seu número?" é o clássico chick lit. Ele é despretensioso, divertido e sempre sabemos com quem a mocinha vai terminar. Para quem já viu o filme baseado no livro, assim como eu, pode ficar tranquilo que é tudo bem diferente. Tirando o básico como ela ir atrás dos moços e o vizinho a ajudar a encontrá-los, nada mais é igual ao livro. O que foi um alívio.

O início é um pouco mais lento, mas é bom para mostrar a situação geral da vida da protagonista. Só lá pela página 100 é que ela começa sua busca e é aí que a história começa a engrenar e a ficar mais engraçada. A partir daí é que a leitura flui muito bem.

Como todo chick lit, além de divertir, ele também sempre tenta passar uma mensagem positiva e esse não foi uma exceção. Delilah desde o começo da história demonstrou ser uma pessoa extremamente preocupada com o que os outros pensam dela e o que ela poderia fazer para melhorar sua imagem. E foi isso que a meteu em tantas confusões. Não posso dizer que me simpatizei com a Delilah, com suas ideias mirabolantes e mal pensadas. Mas tudo fez parte para que ela percebesse como estava levando tudo muito a sério e que ela deveria parar de se preocupar tanto assim com o que os outros pensam.

"Qual seu número?" não entrou para a lista dos meus preferidos, mas não posso dizer que não me diverti acompanhando a viagem doida de Delilah Darling atrás de 20 ex-namorados. Bom para dar umas risadas e só.

Eu sou fã assumida da Rainbow Rowell. Para usar as palavras de John Green "eu leria até sua lista de supermercado..." Isso para exemplificar o quanto eu gosto dessa autora.

 Acredito que o sucesso de sua escrita é que os seus personagens são pessoas comuns. Eles não são adolescentes incríveis com algum poder oculto ou alguém com habilidades impressionantes. A sua protagonista pode ser aquela menina quieta que sentava do seu lado na escola. Ou aquele garoto magrelo que você viu num ônibus numa tarde qualquer.

Isso só serve para aumentar a experiência mágica que é ler um livro dela. Como uma amiga minha disse, não existe "vou ler só um pouquinho para ver como é". Quando você percebe já está na metade do livro e tão envolvido que fica até difícil voltar à vida normal.

O seu último livro lançado é chamado Landline, que numa tradução livre significa "linha fixa", aquela que temos em casa e que quase nunca usamos graças aos celulares. Nele acompanhamos Georgie. Ela é uma roteirista de sitcoms que está passando por um momento complicado no casamento. Nem ela consegue explicar direito o que aconteceu. É como se ela e Neal, seu marido, tivessem chego num ponto ruim e desconfortável do relacionamento, mas nenhum dos dois parece ter força para sair de lá.

E para completar ela acaba tendo que ficar em casa para terminar de escrever um roteiro importante, enquanto ele e as crianças vão passar o natal na casa dos avós praticamente do outro lado dos Estados Unidos. E enquanto ela fica passando um tempo na casa da mãe, ela resolve usar seu telefone fixo de seu antigo quarto e aparentemente ela consegue ligar para o marido no passado, quando eles ainda eram namorados. Aí fica a dúvida: que decisão ela deverá tomar, já que sabe por tudo o que eles vão passar e onde eles estão no momento? Ela faria as mesmas escolhas? O que será que vale a pena?

Tenho que confessar que quando li essa sinopse pela primeira vez não botei muita fé. Mas como não tem coisa melhor do que se surpreender com seu autor preferido, esse foi o caso. O que aconteceu foi uma história única que lida com problemas mais adultos em comparação com os seus outros livros. Ela lida bastante com a questão do quanto cada um tem que doar em um relacionamento para ele dar certo e se há uma dose certa para isso. Sobre como às vezes ficamos presos em certas situações e não temos a menor ideia de como isso foi acontecer, o que erramos e o que podemos fazer para sair de lá.

Acima de tudo é um livro sobre amor. E que muitas vezes temos que lembrar do amor para também lembrarmos o porquê da vida valer tão a pena.

Por enquanto, Landline ainda não foi lançado em português, nem tem previsão. Os livros da autora publicados no Brasil são Eleanor & Park e Fangirl. Recomendo todos.

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