2015 já está quase aí e o que não poderia faltar era nossa lista de melhores do ano. Esperamos que vocês tenham tido ótimas leituras nesse ano e que venham muitas outras em 2015!
Aqui vai nossa lista:

Giselle

Trilogia Just One Day - Gayle Forman



Resolvi trapacear um pouquinho na lista e escolhi esses três livros para o meu primeiro lugar. Só que isso é super justificável porque sem um o outro não faria sentido. É preciso ler todos para acompanhar a história de Allyson e Willem que ao se conhecerem e passarem apenas um dia juntos mudam totalmente o rumo de suas vidas. Os livros tratam muito além de uma história de amor, eles falam sobre como encontrar quem somos não importa o caminho que temos que seguir. Esses livros não só entraram para a lista de melhores de 2014, mas sim para minha lista de melhores livros, por isso recomendo muito a leitura. 

O bicho-da-seda - Robert Galbraith




Como todos sabem, Robert Galbraith é o pseudônimo de J.K. Rowling. Gostei muito de "O chamado do Cuco", o primeiro livro sobre seu novo personagem, o detetive Cormoron Strike. Mas creio que nesse segundo volume a autora realmente consolidou seus personagens e posso dizer que estou muito ansiosa pelas próximas histórias.  Por isso que  "O bicho-da-seda" entra em segundo lugar na minha lista por ser um romance policial inteligente e daqueles que não conseguimos parar de virar as páginas até acabar. 

Landline  - Rainbow Rowell





Como já disse em minha resenha desse livro eu leria até a lista de supermercado da Rainbow Rowell por isso, sim, Landline está na minha lista de melhores desse ano. Mas tenho uma confissão a fazer: eu também li Eleanor & Park esse ano. Antes que vocês resolvam me atacar por ter escolhido Landline, tenho que me justificar dizendo que sim, eu gostei bastante de Eleanor & Park. Sim, fiquei até altas horas da madrugada para acabar de ler. Porém, acho que o meu problema foi com o casal em si, que não me convenceu tanto. Não me entendam mal, adorei o romance dos dois, mas não sei.. não é meu preferido da autora, que continua sendo Fangirl. Voltando a Landline, adorei conhecer Georgie e Neal, para mim é a história mais madura de Rainbow e merece conhecimento.

Nathaly

Extremely loud and incredibly close - Jonathan Safran Foer





Lanço o desafio: quem consegue repetir o nome desse livro três vezes falando rápido sem errar o inglês? Desafio mesmo é falar sobre essa leitura e o quanto ela me marcou. É muito bem escrito, tem aquelas frases de gastar caneta marcando sem arrependimento, é triste e bonito. Tem tradução em português, recomendo que procurem!

Amy and Roger´s epic detour - Morgan Matson





Essa foi uma leitura que mexeu bastante comigo e de formas que eu não esperava. As aventuras de Amy e Roger cruzando os Estados Unidos de carro, as playlists, todos os sentimentos... É um livro pra reler sempre, de tão bom que é.

A ilha dos dissidentes - Bárbara Morais




Eu já imaginava que iria gostar do livro antes mesmo de ler, então vocês podem ter uma ideia de o quanto minhas expectativas eram altas (e eu comecei a resenha do livro aqui dizendo exatamente isso, sou repetitiva). E não me decepcionei! A história de Sybill e o mundo dos Anômalos é tão bem narrada e cativante que se eu tivesse a grana, presenteava todo mundo com um exemplar desse livro.

Robertha


Cinder - Marissa Meyer




Cinder reúne ficção científica e conto de fadas. Marissa Meyer criou uma Cinderella ciborgue e um mundo cheio robôs e peças de metal. Ao invés de ratinhos, ela tem seu androide cheio de personalidade. No lugar do borralho, tem a sua oficina em que arruma peças que já eram consideradas inúteis. Cinder é um livro tão bom, mas tão bom, que você não consegue parar de ler até ver o fim. A autora costurou a narrativa de uma forma tão despretensiosa e, ao mesmo tempo, cheia de detalhes que você se sente dentro do mundo de Cinder e a cada página você se surpreende com alguma coisa. Corre e coloca na sua lista de 2015! 





Recomeço - Cat Patrick



Esse livro entrou para minha lista de favoritos de 2014 pelo simples motivo dele ser leve, ter uma estória que te prende e terminar em um só volume, o que foge do mundo de trilogias e séries tão normais hoje em dia. É uma mistura de ficção-científica, romance e problemas do cotidiano. A autora já usou essa técnica em seu primeiro volume lançado no Brasil, Deslembrança e, também, deu muito certo. Vale a pena!





Lua de Mel - Sophie Kinsella



Mais um livro da diva Sophie Kinsella, a rainha do chick-lit que nunca decepciona. Em Lua de Mel, Sophie traz uma novidade em sua narrativa. O livro tem duas protagonistas e os capítulos são narrados de forma intercalada e em primeira pessoa. Dessa forma, o leitor consegue acompanhar o ponto de vista de ambas. Além disso, durante a narrativa, a autora traz estórias paralelas de outros personagens, o que acaba enriquecendo a trama. Aqui você poderá ler a resenha completa.
Este livro foi lido para o Desafio Literário do Tigre. O tema de dezembro era "guilty pleasure".

Sempre curti ler esses romances leves ou como gosto de chamá-los "romances de banca". Eles são ótimos para quando você só quer ler algo que não exija muito tempo, nem muita concentração, por serem curtos e terem uma história bem simples de acompanhar. Por isso quando vi que o tema de dezembro era "guilty pleasure" resolvi encerrar o desafio com um livro de Patricia Cabot, pseudônimo de Meg Cabot .

Pode beijar a noiva conta a história de Emma que resolveu ir contra todos em sua família e se casar com Stuart, rapaz que almejava seguir a carreira eclesiástica. O problema é que todos estavam certos e doze meses depois, Emma estava viúva e o marido a deixou sem nada. Na verdade, ela até tinha uma herança para receber , mas para isso deveria se casar novamente. E não era tão fácil assim convencê-la disso. Até que James, o primo de Stuart aparece para mudar tudo isso. 

Emma e James cresceram juntos e sempre tiveram uma relação de gato e rato. Porém, Emma sempre correu atrás do primo Stuart, provavelmente porque ele não dava a minima para ela. Diferente de James que achava que irritá-la era a melhor maneira de conquistá-la. Até perder a garota para o primo. Agora ele acha que tem mais uma chance para poder ficar com ela e não quer desperdiçá-la. 

O que eu mais gostei do livro é que por ser um narrador onipresente podíamos ver os pensamentos tanto de Emma como de James, o que sempre acrescenta muito numa história. Gosto de poder ler sobre a mesma história em pontos de vista diferentes. E além disso, os capítulos eram bem curtos o que facilita a leitura.  

Um ponto negativo é que a história ficou muito superficial. Sei que esse tipo de livro não costuma ter personagens e conteúdos profundos, mas achei que faltou um pouco mais de desenvolvimento de alguns personagens secundários. Ficou tudo muito "de leve", como se estivesse faltando algo. E tudo acontece em duas semanas no máximo, o que dá mais sensação que nada aconteceu. 

Porém, não posso reclamar muito já que todos os elementos estavam presentes. Uma mocinha teimosa, um mocinho que antes era mulherengo, mas que só estava esperando pela mocinha que mudaria sua vida, um mistério revelado nas últimas páginas e várias situações engraçadas. Sendo assim, Pode beijar a noiva é o típico romance para se ler em um dia e se divertir durante aquelas horas, mas nada profundo que mudará sua vida. Mas quer saber: qual o problema disso?
Este livro foi lido para o Desafio Literário do Tigre. O tema de novembro era "autores brasileiros".

Mari estava passando por um momento não tão legal assim na sua vida. Graças a um boato na escola, ela perdeu o namorado e todos os amigos. E como a cereja no topo do bolo, seu intercâmbio foi cancelado porque sua irmã mais velha decidiu casar de uma hora para outra e as economias da família foram direto para o enlace. Então, Mari decide gravar um vídeo como desabafo e colocá-lo num canal do YouTube, o que ela não esperava era a proporção que tudo isso ia alcançar.  

O livro de Iris Figueiredo segue nesse tom adolescente narrando o que todo jovem de 17 anos passa. Vestibular, ENEM, paixonites, o pacote todo. Por isso, é impossível não se identificar com as neuras e os problemas de Mari. Mas ela também trata de temas mais sérios como anorexia, bulimia e  bullying. Outro aspecto que gostei muito é como a Iris soube retratar direitinho como é essa coisa de "hit da internet". Como uma coisa boba pode tomar uma proporção enorme que ninguém podia imaginar inicialmente. 

Já tinha lido o livro anterior da autora, Dividindo Mel, e já tinha gostado muito da leitura.  E ao ler o Confissões eu fiquei muito feliz de perceber como ela evoluiu como autora e como ela é  talentosa. Por isso espero ansiosamente os seus próximos lançamentos e torço muito pelo seu sucesso!
Este livro foi lido para o Desafio Literário do Tigre. O tema de outubro era "amor".


Isla and the happily ever after encerra a trilogia de Stephanie Perkins que começou com Anna e o beijo francês (Anna and the french kiss), depois continuou com Lola e o garoto da casa ao lado (Lola and the boy next door). 
Quando li Anna foi aquele clássico caso de amor ao primeiro parágrafo. Acho que devo ter lido em apenas dois dias de tanto que eu amei a história. Com Lola também foi parecido, mas ai já não foi "aquele" amor. Já com Isla tive muita dificuldade para gostar da história, quanto mais para amá-la.  


Não que não eu não tenha gostado do livro, pelo contrário, eu gostei bastante. Porém, acho que aconteceu aquele clássico caso de "criar muitas expectativas" antes de ler algo. Então já comecei a leitura esperando outro Anna, e não foi bem isso que encontrei...


Isla é da mesma escola de Anna e St. Clair em Paris. Ela é apaixonada por Josh, melhor amigo de St. Clair, desde o começo das aulas, mas nunca teve coragem nem de manter uma conversa concisa com o rapaz, menos ainda de expressar seus sentimentos. Mas nada como uma boa anestesia para arrancar o siso para ganhar um pouco de coragem. Eis que depois de uma visita ao dentista ela encontra Josh sozinho, em todos os sentidos da palavra, num café perto da casa dos dois em Manhattan e resolve conversar com o rapaz e é tudo incrível. A partir daí a história vai se desenvolvendo como toda história de boy meets girl. Mas, claro que sempre tem algo para atrapalhar o romance, porque senão não teria uma história para um livro.



O meu maior problema foi com os personagens. Eles simplesmente não me convenciam. A Isla era a aluna mais aplicada e inteligente do colégio e não conseguia decidir nem em qual faculdade gostaria de ir? Difícil de acreditar. Além de ser muito insegura e isso atrapalhar todos os aspectos de sua vida. O Josh era um solitário, artista, que escondia todo seu potencial atrás de rebeldia... E apesar de reconhecer o apelo disso tudo, ele não me passava confiança. O relacionamento deles aconteceu muito rápido. Tudo bem que ela estava adiantada três anos, mas mesmo assim fica tudo um pouco forçado. No final, meu problema foi que eu não conseguia acreditar no romance dos dois e por isso não me pegava naquele desespero para ver como ia ser o felizes para sempre deles. 

Tirando isso, a história tem todos os elementos dos anteriores: romance, fofura e diversão. E tenho que confessar que os últimos capítulos do livro valem  muito a leitura para quem é fã dos livros anteriores da autora. Por isso, se você quer aquele livro romântico e sem compromisso Isla and the happily ever after é a pedida. 
Este livro foi lido para o Desafio Literário do Tigre. O tema de setembro era "música".

Conheci Sábado à noite pelo blog da autora Babi Dewet há alguns anos atrás. Por lá fiquei sabendo que o livro tinha sido originado de uma fanfic da banda McFly e mesmo não sendo fã da banda curto muito ler autores nacionais e finalmente resolvi conhecer a história dos marotos. 

Os tais marotos são um grupo de garotos que são considerados "perdedores" na escola. Somente por serem diferentes do restante dos outros alunos e não se importarem com o que os outros pensem dele. Bem diferente de Amanda e suas amigas que são as populares do colégio, aquelas que todas as meninas querem ser e todos os meninos querem namorar. Elas simplesmente fazem tudo pensando na imagem delas e o que as tornam legais ou não.

A história foca mais no casal Daniel e Amanda. Os dois são amigos há bastante tempo, mas acabaram se afastando. Todos pensam que a menina resolveu se distanciar por achar que não pega bem para sua imagem andar com o rapaz. Mas o verdadeiro problema é que ela se apaixonou pelo menino ao mesmo tempo que a melhor amiga e em respeito a amizade resolveu se afastar. Porém, agora o sentimento está crescendo e como ele é correspondido fica difícil para Amanda esconder sua vontade de ficar com Daniel.

O grande problema dos dois é falta de diálogo. Vou dar um desconto porque eles são adolescentes, mas grande parte dos problemas poderiam ser resolvidos com uma boa conversa. Apesar de me irritar com certas atitudes de ambas as partes, adorei acompanhar o desenvolver fofo da história entre os dois e ficar torcendo por um final feliz.

O livro tem esse clima bem colegial mesmo. Quando esse tipo de coisa de popularidade parece tão importante. E claro, fazemos escolhas que parecem as únicas no momento, mas que depois percebemos o quão errados estávamos. Acho também que a história faz refletir até onde vale essa coisa de popularidade e até onde você é capaz de ir para atingir esse objetivo. Sábado à noite vale a leitura por ser uma história de amor bem realista entre dois adolescentes, afinal quem não sofreu com o primeiro amor?
Lottie é uma mulher de 33 anos cheia de sonhos incomuns e super alegre. Richard era seu namorado há três anos e ela acreditava que ele era sua alma gêmea. Certo dia, Richard a convida para um almoço todo especial dizendo que precisava fazer uma pergunta. O mundo de Lottie parou. Ela tinha certeza que ele iria pedir sua mão em casamento e que seu momento havia chegado. Como nem tudo no mundo são flores, a pergunta não foi a esperada e ficou bem claro que o moço não tem nenhum interesse em juntar os trapos com ela e formar uma família.

Um dia ela se viu entrando na igreja e, de repente, se viu no fundo do poço e ficou arrasada. O grande "Q" da questão é que Lottie sempre foi uma mulher durona e que nunca se permitiu ficar numa pior. Tomava atitudes impensadas e que, quase sempre, acabava com uma listinha de arrependimentos. Sua irmã mais velha, Fliss, era a responsável por juntar os cacos e chamava essas decisões de "escolhas infelizes".

A relação das duas sempre foi muito afetiva. Fliss cresceu acostumada a tomar conta de Lottie e assumiu, sem perceber, o papel de mãe da irmã. Porém, Fliss estava passando por maus bocados. Estava no meio do divórcio com Daniel, pai do seu filho Noah, o que a tornou uma mulher amarga e negativa de tanto que o atual ex infernizava a sua vida. E o pior, negligenciava o filho que tinha paixão pelo pai.

Assim que soube da separação de Lottie, Fliss ficou arrasada, mas sabia que não poderia demonstrar tanta piedade. Teria que esperar a irmã se recuperar ou explodir de vez e pedir aos céus para que a próxima Escolha Infeliz não tivesse tantos feridos. Porém, já devia imaginar que a caçula não iria deixar por menos e, com certeza, não decepcionou nesse quesito.

Lottie, como que por ironia do destino, reecontra Ben. Seu ex-namorado de 15 anos atrás e com quem fez um acordo: se os dois estivessem solteiros até os 30 iriam se casar. O que ela não iria imaginar é que o ex ainda era apaixonado por ela e, acima de tudo, lembrou do trato. Em um surto de romantismo, Ben a pede em casamento e Lottie aceita.

Quando soube do futuro casório, Fliss quase infartou e decide bolar um plano com Lorcan, padrinho de casamento de Ben. Então, decide que não deixaria sua irmãzinha passar por um divórcio trágico como ela havia passado. Os dois agiram e bateram o martelo: iriam boicotar a Lua de Mel e impedir que consumassem a união.

Mais um livro da diva Sophie Kisella, a rainha do chick-lit que nunca decepciona. Em Lua de Mel, Sophie traz uma novidade em sua narrativa. O livro tem duas protagonistas e os capítulos são narrados de forma intercalada e em primeira pessoa. Dessa forma, o leitor consegue acompanhar o ponto de vista de ambas. Além disso, durante a narrativa, a autora traz histórias paralelas de outros personagens, o que acaba enriquecendo a trama. Ponto positivo para Sophie.

Os personagens contém a fórmula mágica da autora: engraçados e irreverentes. É um livro que traz uma história de amor com humor e, que de quebra, inclui temas do cotidiano. O que faz com que o leitor se sinta mais próximo dos personagens. A história é leve, bem contato e flui muito bem. É o típico "livro de mulherzinha" que dá pra ler em uma tarde para descontrair. Vale a pena!
Este livro foi lido para o Desafio Literário do Tigre. O tema de agosto era "risos". 

Delilah Darling está com 29 anos e acha que não tem nada para apresentar depois de quase três décadas de vida. Ela não tem marido, filhos, apartamento próprio e nem emprego. Mas o que mais a incomoda é o fato de que o número de homens com quem ela dormiu é praticamento o dobro da média nacional segundo um artigo de uma revista feminina. Ela leva isso tão a sério que resolve correr atrás de todos os seus ex namorados para descobrir se algum deles poderia ser sua alma gêmea e assim o seu "número" poderia continuar o mesmo.

"Qual o seu número?" é o clássico chick lit. Ele é despretensioso, divertido e sempre sabemos com quem a mocinha vai terminar. Para quem já viu o filme baseado no livro, assim como eu, pode ficar tranquilo que é tudo bem diferente. Tirando o básico como ela ir atrás dos moços e o vizinho a ajudar a encontrá-los, nada mais é igual ao livro. O que foi um alívio.

O início é um pouco mais lento, mas é bom para mostrar a situação geral da vida da protagonista. Só lá pela página 100 é que ela começa sua busca e é aí que a história começa a engrenar e a ficar mais engraçada. A partir daí é que a leitura flui muito bem.

Como todo chick lit, além de divertir, ele também sempre tenta passar uma mensagem positiva e esse não foi uma exceção. Delilah desde o começo da história demonstrou ser uma pessoa extremamente preocupada com o que os outros pensam dela e o que ela poderia fazer para melhorar sua imagem. E foi isso que a meteu em tantas confusões. Não posso dizer que me simpatizei com a Delilah, com suas ideias mirabolantes e mal pensadas. Mas tudo fez parte para que ela percebesse como estava levando tudo muito a sério e que ela deveria parar de se preocupar tanto assim com o que os outros pensam.

"Qual seu número?" não entrou para a lista dos meus preferidos, mas não posso dizer que não me diverti acompanhando a viagem doida de Delilah Darling atrás de 20 ex-namorados. Bom para dar umas risadas e só.

Eu sou fã assumida da Rainbow Rowell. Para usar as palavras de John Green "eu leria até sua lista de supermercado..." Isso para exemplificar o quanto eu gosto dessa autora.

 Acredito que o sucesso de sua escrita é que os seus personagens são pessoas comuns. Eles não são adolescentes incríveis com algum poder oculto ou alguém com habilidades impressionantes. A sua protagonista pode ser aquela menina quieta que sentava do seu lado na escola. Ou aquele garoto magrelo que você viu num ônibus numa tarde qualquer.

Isso só serve para aumentar a experiência mágica que é ler um livro dela. Como uma amiga minha disse, não existe "vou ler só um pouquinho para ver como é". Quando você percebe já está na metade do livro e tão envolvido que fica até difícil voltar à vida normal.

O seu último livro lançado é chamado Landline, que numa tradução livre significa "linha fixa", aquela que temos em casa e que quase nunca usamos graças aos celulares. Nele acompanhamos Georgie. Ela é uma roteirista de sitcoms que está passando por um momento complicado no casamento. Nem ela consegue explicar direito o que aconteceu. É como se ela e Neal, seu marido, tivessem chego num ponto ruim e desconfortável do relacionamento, mas nenhum dos dois parece ter força para sair de lá.

E para completar ela acaba tendo que ficar em casa para terminar de escrever um roteiro importante, enquanto ele e as crianças vão passar o natal na casa dos avós praticamente do outro lado dos Estados Unidos. E enquanto ela fica passando um tempo na casa da mãe, ela resolve usar seu telefone fixo de seu antigo quarto e aparentemente ela consegue ligar para o marido no passado, quando eles ainda eram namorados. Aí fica a dúvida: que decisão ela deverá tomar, já que sabe por tudo o que eles vão passar e onde eles estão no momento? Ela faria as mesmas escolhas? O que será que vale a pena?

Tenho que confessar que quando li essa sinopse pela primeira vez não botei muita fé. Mas como não tem coisa melhor do que se surpreender com seu autor preferido, esse foi o caso. O que aconteceu foi uma história única que lida com problemas mais adultos em comparação com os seus outros livros. Ela lida bastante com a questão do quanto cada um tem que doar em um relacionamento para ele dar certo e se há uma dose certa para isso. Sobre como às vezes ficamos presos em certas situações e não temos a menor ideia de como isso foi acontecer, o que erramos e o que podemos fazer para sair de lá.

Acima de tudo é um livro sobre amor. E que muitas vezes temos que lembrar do amor para também lembrarmos o porquê da vida valer tão a pena.

Por enquanto, Landline ainda não foi lançado em português, nem tem previsão. Os livros da autora publicados no Brasil são Eleanor & Park e Fangirl. Recomendo todos.
Este livro foi lido para o Desafio Literário do Tigre. O tema de julho era "esporte e esportistas". 

Ok, vou começar minha resenha dizendo que por estar nos meus vinte e poucos anos sempre tenho um pouco de dificuldade com livros em que a personagem é uma adolescente inconsequente. Que fique claro que meu problema não é com a adolescência, só com a inconsequência/falta de noção mesmo. Tendo dito isso, ler Derby Girl foi meio cansativo. No sentido de que ler sobre as escolhas de Bliss me deu vontade de ir até lá e dizer "sério que você acha que isso vai dar certo?"

Mas vamos a história. Bliss é a típica garota adolescente que acha que nasceu na família errada. A mãe é fanática por concursos de beleza e não consegue admitir que a filha estaria mais feliz participando de eventos mais alternativos e então vive inscrevendo a menina para participar desses concursos. 

Aí que um belo dia, Bliss resolve entrar para um time de Roller Derby, que é um esporte de alto impacto praticado sob patins numa pista oval. É uma espécie de corrida com dois times de cinco jogadoras cada. Lá ela encontra seu lugar com garotas descoladas que a entendem. E só posso dizer que a menina acaba se envolvendo em alguns problemas típicos da idade. 

Apesar de não ter gostado tanto das atitudes da protagonista, consigo entender que adolescência não é fácil para ninguém e que esse é o típico momento de cometer erros por mais bobos e óbvios que eles possam parecer. E gostei do fato de que ela conseguiu encontrar algo que a fizesse bem e que a representasse. Pois, sabemos que encontrar algo que gostamos de fazer é difícil até quando se é adulto, então Bliss se encontrar num esporte tão diferente e interessante como é o Roller Derby é algo incrível. 

Derby Girl é um livro bem leve e de rápida leitura. Perfeito para aquele domingo chuvoso.
Este livro foi lido para o Desafio Literário do Tigre. O tema de junho era "autores queridos". 

Minha história com Záfon começou com "A sombra do vento" que me conquistou com sua escrita poética e sua narrativa envolvente. Logo no começo amei a leitura e sempre que tenho oportunidade leio um livro escrito pelo autor. 

"O Príncipe da Névoa" é considerada pelo próprio autor uma obra infanto-juvenil que pode ser apreciada por várias idades. Nela acompanhamos a história da família de Max e Alicia que acabam envolvidos num antigo mistério da cidade. Um que envolve um navio naufragado, um cemitério de estátuas e um Príncipe da Névoa. 

Como em todos os livros do autor a história é uma mescla de suspense e poesia. Esse é especialmente tenso para aqueles que têm medo de palhaços. Mas nada que não dê para dormir a noite (risos). Outro elemento presente é 
o amadurecimento e o primeiro amor

Por ter menos que 200 páginas ao final do livro temos aquela sensação de que está faltando algo, mas não no sentido ruim, É que ficamos tão envolvidos com os personagens em tão pouco tempo que fica difícil nos separarmos da história assim desse jeito. Porém, esse sentimento não é nada que estrague o conto de Záfon.

O livro é uma ótima pedida para um dia em que queremos ler algo um pouco mais sombrio, mas que não seja tão complexo, nem tão assustador. Mas ainda sim um ótima história. 
Este livro foi lido para o Desafio Literário do Tigre. O tema de maio era "bichos". 

Uma das coisas mais legais é ler um livro sem saber quase nada da sinopse e poder se surpreender, não só com a história, mas com a narrativa da autora. Isso foi o que aconteceu comigo ao ler "A corrida de Escorpião".

Antes de tudo tenho que explicar que a ilha em que se passa a história é cercada pelo mar de Escorpião, que dá nome ao título. E dele todo ano saem cavalos d'água que além de rápidos, são criaturas carnívoras e violentas. E qual ideia melhor do que capturá-los e fazer uma corrida com eles valendo dinheiro, fama e sua vida?

O livro apresenta dois pontos de vista: o de Sean e o de Puck. Ambos nascidos na ilha e com mais coisas em comum do que poderiam imaginar. Sei que é clichê, mas essa frase se encaixa muito bem com os dois personagens.

Já havia lido a trilogia "Calafrio" da mesma autora, por isso já conhecia sua narrativa poética. Mas diferente da trilogia dos lobos, esse é mais sombrio e duro, um tom bem diferente do romance dos seus livros anteriores. Porém, "A corrida..." não deixa de ser um livro envolvente e surpreendente. O que mais gostei é como ela faz parecer ter uma ilha no mundo com cavalos carnívoros algo normal e plausível. Esse foi um daqueles livros que me fez ficar pensando em sua história dias e dias depois.
Beatrice Szabo, mais conhecida como Bea, tem 17 anos e é muito solitária. Ela está acostumada a mudar de cidade toda hora para acompanhar o seu pai. Como resultado dessa vida sem raízes, ela aprendeu a não se apegar a nada ou a alguém, pois ela tem uma só certeza: em algum momento ela terá que deixar tudo o que ela acabou de conhecer. Dentre as mil mudanças, Bea se muda para Baltimore e, por incrível que pareça, está bem tranquila e sabe que não tem muito com que se preocupar. Esse é o último ano antes da faculdade e, em breve, poderá ficar sozinha, fixar-se em algum lugar e o principal, ficar longe da mãe que parece que não a quer por perto de jeito nenhum, a trata com descaso e a acusa a todo momento de não ter coração, de ser uma robô feita de lata.

Bea consegue fazer algumas amizades na escola nova. Conhece ASUE (Anne), Tom, Tiza, Walt e Jonah Tate. Jonah é a pessoa com quem Bea tem uma maior aproximação desde o início. Ele é um garoto tímido, solitário, observador, não tem amigos e, também, é conhecido como Garoto Fantasma. Tem a filosofia de vida de que deve ser invisível e esconde uma mágoa muito grande, já que perdeu sua mãe e seu irmão gêmeo, que tinha deficiência física. Ele mora com seu pai, que é muito rico e lhe dá tudo que precisa, menos o essencial, que é o amor.

Os dois são mais parecidos do que pensam. Constroem um laço extremamente forte, compartilham segredos, gostos, medos, planos e varam a madrugada ouvindo um programa de rádio chamado The Night Lights. Apesar da aproximação, Bea não consegue fazer a nuvem negra que vive em cima de Jonah dissipar. A tristeza envolve o menino cada vez mais e parece que ele será engolido por um buraco a qualquer momento.

Como Dizer Adeus em Robô é narrado em primeira pessoa e Bea cumpre esse papel de maneira brilhante. É um livro com uma história original e com muita emoção. Temas fortes como bullying, depressão, solidão, problemas familiares e psicológicos são abordados de forma melancólica, mas ao mesmo tempo com delicadeza. A leitura é de fácil entendimento, fluída porém, ácida.

Dentre os assuntos abordados, o amor aparece como algo bem diferente do que estamos acostumados quando pensamos nesse sentimento. É um tipo diferente de amor; um tipo raro que não se prende às convenções e, querendo ou não, é um raio-x da vida real: há magoas, sorrisos, conforto e mudanças.

Tenho a impressão de que Natalie Standiford criou os personagens com muito carinho. Todos eles, mesmo que secundários, são bem construídos e peculiares. Bea é uma personagem que consegue ser muito humana e demonstra com transparência seus sentimentos. Já Jonah, é um ponto de interrogação. É imprevisível, misterioso e complexo. Se você tentar entendê-lo, quando achar que está conseguindo, ele te fará mudar de opinião logo em seguida. É um livro cheio de surpresas - sendo elas boas ou não. Coloca na lista que vale a pena!

Chegou a décima edição da maratona literária organizada pelo blog Bout of Books! Eu já participo desde a sétima, então não quis quebrar a tradição de loucuras leituras. Dessa vez a maratona acontecerá do dia 12 ao dia 18 de maio.

The Bout of Books read-a-thon is organized by Amanda @ On a Book Bender and Kelly @ Reading the Paranormal. It is a week long read-a-thon that begins 12:01am Monday, May 12th and runs through Sunday, May 18th in whatever time zone you are in. Bout of Books is low-pressure, and the only reading competition is between you and your usual number of books read in a week. There are challenges, giveaways, and a grand prize, but all of these are completely optional. For all Bout of Books 10 information and updates, be sure to visit the Bout of Books blog. - From the Bout of Books team.

Aqui estão os livros que eu pretendo ler nessa semana. 



Endlessly, Kirsten White

Esse é o terceiro livro da série Paranormalcy, eu falei sobre o primeiro livro aqui. O primeiro já foi lançado aqui no Brasil, não sei quais são os planos para os outros. Esse eu já comecei a ler e estou na página 50 e já aconteceram dois milhões de coisas, então acredito que vai ser bem rápido e mais fácil de ler do que o segundo da série, se a autora não embolar tudo no meio... É uma série sobrenatural bem divertida e bem humorada, gosto bastante de ler.

A Lion Among Men, Gregory Maguire

Esse também é o terceiro livro de uma série, que conta a história da Bruxa Má do Oeste, de O Mágico de Oz. Esse volume conta sobre o Leão Covarde, que é o meu personagem favorito! Estou muito curiosa para saber o que o sr. Maguire vai aprontar.

A Vida em Tons de Cinza, Ruta Sepetys

Depois de tanta fantasia, achei propício ler um livro mais "real". Esse foi o sorteado do mês da minha book jar. Sobre a história só sei que se passa em 1941 e nos países bálticos, recém dominados pela Rússia e que muita gente recomenda dizendo maravilhas sobre. 

Se alguém quiser participar, é só dar uma olhada no blog Bout of Books, clicando aqui.
É isso! Me desejem boa sorte!
E um feliz dia das mães!
Este livro foi lido para o Desafio Literário do Tigre. O tema de abril era "Hype do momento".

Ando com a péssima mania de antes de ler um livro procurar resenhas dele, principalmente pelo Goodreads. O que acontece é que quando as resenhas são muito negativas acabo me desanimando. No caso desse livro, todas as classificações eram positivas. Cheguei até a estranhar, mas foi o empurrão final para eu começar a lê-lo.

Tenho que confessar que no começo não entendia tantas estrelas dadas a esse livro. Logo na primeira página já me vi com raiva da protagonista. Mas resolvi ir adiante com a leitura e não me arrependi!

A história é contada por Dashti. Ela é a criada da princesa Saren que foi condenada a passar sete anos trancada numa torre por se recusar a casar com o homem escolhido por seu pai. E a fiel criada segue a nobre em sua prisão e narra em seu caderno tudo pelo que as duas passam.

É incrível como Dashti consegue ser positiva. Ela consegue ver o lado bom de tudo. Claro que isso se deve muito ao tipo de criação que ela teve, mas com o passar da história, a cada página, ela se mostra uma pessoa honesta, corajosa e cheia de vida. O que no começo parece resignação por sua posição se torna fibra e ela mostra que qualquer pessoa pode fazer a diferença.

Li "O livro dos mil dias" esperando um livro leve e simples, mas o que li foi muito além disso. É uma história de autoconhecimento, coragem e superação.

Eu já gostava desse livro antes mesmo de ler. Quando decidi partir da teoria para a prática, comecei a leitura morrendo de medo de ter que me contradizer e que no fim tudo não passasse de uma história mais ou menos. Fiquei muito feliz em não ter que fazer nada disso: é ainda melhor do que eu pensava.

O livro conta a história de Sybill, que depois de um acidente com o navio em que ela estava descobre que tem habilidade de respirar embaixo d´água, o que a torna uma anômala e faz com que o governo mude-a para uma cidade especial com uma nova família.

Então acontece toda a adaptação da Sybill à sua nova vida, já que antes ela vivia em uma zona de guerra e agora está em uma cidade tranquila, com uma família boa e frequentando a escola, onde conhece mais anômalos com variados graus de simpatia e poderes. Contar mais do que isso é dar spoilers, mas acredite em mim, vale a pena ler esse livro.

Tive que aguentar pessoas me perguntando se era Jogos Vorazes por causa do símbolo amarelo na capa (são diferentes, mas tem gente que não percebe) e que quando eu explicava a trama diziam "Ah, tipo X-Men então"? Entendo de onde vem as conclusões, mas acredito que A Ilha dos Dissidentes é um ótimo livro que se sustenta sozinho independente das referências utilizadas pela autora.

Quanto a história, não tenho absolutamente nenhuma reclamação, o que é raríssimo. Basicamente tudo no livro me agradou, gostei até das cenas de ação, que geralmente me enchem daquela sensação de "peraí, será que pulei algum parágrafo e não estou entendendo"? Em A Ilha dos Dissidentes é tudo tão bem narrado que dá pra acompanhar (e sentir toda a tensão) sem problemas.

Também gostei muito do fato de que a Sybill é bem sem mimimi e frescuras, isso é um grande ponto a favor. Os amigos dela e toda a situação política do mundo criado são muito interessantes.

Se você gosta de distopias e histórias bem escritas, vale a pena ler e aguardar as continuações.
Este livro foi lido para o Desafio Literário do Tigre 2013. O tema de março é "filme ou livro?".


Quando vi o tema de março do desafio já senti certa dificuldade porque normalmente sigo a regra de ler o livro antes de assistir o filme. Mas lembrei que há alguns atrás tinha chorado rios assistido ao filme Não me abandone jamais e como já tinha o livro em casa para ser lido há um tempinho resolvi embarcar nessa leitura.

Vou tentar dar um resumo bem imparcial, sem contar muitos detalhes tanto do filme como do livro, porque esses detalhes da história são fundamentais para a experiência. O livro acompanha Kathy, que começa a narrar a história de sua vida a partir da infância passada em um internato na Inglaterra com seus dois melhores amigos, Tommy e Ruth, passando pela adolescência até a vida adulta.

O que mais gostei na narrativa do autor é que ele vai contando coisas do passado de Kathy e intercala com outras passagens do presente de uma forma tão fluida que tenho certeza que só ele é capaz disso. Apesar de Kathy ser uma personagem contida e muitas vezes difícil de entender, sua história é emociante e, sem uma palavra melhor para descrever, bittersweet.

Agora comparando com o filme, tenho que dizer que sempre tenho em mente que não tem como os dois serem iguais, já que são formatos diferentes. Mas nesse caso, como vi o filme antes, acho que acabei me emocionando mais com o filme. Creio que o final tenha sido mais romântico, no sentido mais tradicional da palavra. Não que ue não tenho gostado do livro, pelo contrário, gostei de aspectos diferentes e consegui interpretar outras coisas daqueles de quando vi o filme.

Tanto o filme quanto o livro Não me abandone jamais são excelentes. Uma história que nos faz pensar muito tempo depois. Vale muito a pena.
O livro já foi lançado no Brasil pela Galera Record, com o nome Todo Dia.

Esse é um daqueles livros que ao mesmo tempo você já viu por aí e não viu nada igual. A parte que todo mundo já viu um dia é o romance instantâneo: praticamente em 9 entre 10 livros jovem-adulto o casal protagonista vai de "estranhos passando na rua" a "casal profundamente apaixonado" em menos de dez páginas. A parte inédita, no caso de Every Day, é que uma das partes de casal está cada dia em um corpo diferente.

A., o protagonista do livro, na verdade não tem sexo definido e acorda cada dia no corpo de uma pessoa diferente. Ele está habituado com a situação até que um dia ele acorda no corpo do namorado babaca de uma garota chamada Rhiannon, e decide não ser babaca com ela pelo menos aquele dia e acaba se apaixonando por ela.

Esse é aquele tipo de história perigosa: nas mãos do autor errado poderia ser uma boa ideia desperdiçada. Mas definitivamente não é o que acontece nesse caso. Eu já li três livros do David Levithan e me sinto com moral pra dizer: ele é o cara. O jeito como ele escreve, sendo extremamente filosófico e poético sem ser piegas ou didático é algo a ser valorizado. Ele é o único autor que eu conheço que fala do homossexualismo sem preconceitos, respeitando a variedade e complexidade dos seres humanos em geral.

Recomendo a leitura pra você que procura algo diferente e bem escrito.

Em um certo dia, após um acidente de carro, Lexi desperta em um hospital pensando que está no ano de 2004, que tem 25 anos, uma aparência desleixada, um namoro já quase destruído e um emprego desastroso. Mas, a garota entra em choque quando acorda e descobre que está em 2007 já com 28 anos, é casada com um cara dos sonhos, é chefe do departamento de pisos de uma empresa e sua aparência está como a de uma modelo.

É à partir daí que começam os conflitos internos e, também, externos. Lexi não lembra de absolutamente nada dos últimos anos. Sua memória só tem registros dos acontecimentos de antes do acidente. Ela é casada com um homem que ela não conhece, tem um emprego que não lembra de nada e ainda acha que tem as mesmas amigas de antes. Então, tudo começa a desmoronar quando ela começa a não se identificar com a vida dessa "nova" Lexi.

A medida em que ela vai descobrindo como é a personalidade dessa nova pessoa, o jeito que ela fala, se veste e trata as pessoas, a antiga Lexi se desespera e nota que nem tudo era tão perfeito assim. E, para completar, uma revelação inesperada pode ser sua única esperança de recuperar a memória ou desandar tudo de vez.

Lembra de mim? é um típico chick lit de Sophie Kinsella. É doce, leve, divertido e fácil de ler. A história não tem nada de intrigante, diferente ou inovadora. É só mais um bom livro perfeito para passar o tempo, mas vale a pena. Afinal, Sophie é Sophie!
Este livro foi lido para o Desafio Literário do Tigre 2013. O tema de fevereiro é "julgando pela capa".

Garota exemplar é um livro difícil de se resenhar. Eu até diria que é difícil explicar sobre o que ele se trata. Mas vou fazer o meu melhor para não estragar partes importantes do livro para vocês.

Na manhã do quinto aniversário de casamento de Nick e Amy, Amy desaparece. O marido encontra a casa revirada e sem sinal da esposa. Ele logo vira o principal suspeito do sumiço. Isso é o resumo básico.

O livro alterna do ponto de vista de Nick em primeira pessoa para o de Amy através de antigos diários. O que é devastador e muito inteligente da parte da autora. Enquanto vemos Nick, um homem frustrado, reprimido não aparentar o mínimo de preocupação com o desaparecimento da esposa, Amy narra como eles se conheceram, o início do relacionamento e como tudo foi se deteriorando. Teoricamente.

Digo teoricamente, porque como temos apenas os pontos de vista dos dois fica muito difícil saber quem está contando a verdade e quem não está.  Gosto muito desse tipo de história em que o narrador não é confiável. Porque é esse tipo de narrativa que cria dúvidas e discussões. É impossível largar o livro até saber o que aconteceu.

Uma pena que a autora se perdeu muito no terceiro ato do livro. Fica difícil de explicar aqui sem spoilers, mas digamos que tudo parece se resolver muito rapidamente e de um modo muito cômodo, para todos. O que me decepcionou. O grande clímax do livro na verdade é no segundo ato dele.

Apesar do final, gostei do "conjunto da obra" e recomendo o livro para todos que gostam de um bom suspense.




A garota dos pés de vidro estava lá bem quietinho na minha estante há alguns anos (shame on me). Aí veio o Desafio Literário do Tigre 2014 e como o tema de janeiro era "na estante" resolvi tirar a poeira do livro e lê-lo.

Uma das descrições que eu mais encontrei a pesquisar sobre a história desse livro (e a que me fez comprá-lo, diga-se de passagem) é a de que é um conto de fadas moderno.

Como todo bom conto de fadas tudo começa quando Ida e Midas se encontram. Ele é um tímido fotógrafo morador da pequena ilha. Ela é uma jovem aventureira que está ali por uma razão bem especifica. Ela está se transformando em vidro.Ela não sabe porque, só sabe que está acontecendo e acha que a pequena ilha guarda tantos mistérios que algum deles deve poder ajudá-la a se curar.

O que é mais intrigante é que o mundo em que os personagens vivem é mesmo que o nosso, mas por algum motivo desconhecido a ilha abriga criaturas misteriosas como pequenas vacas aladas do tamanho de insetos, e sim, um lago com pessoas transformadas em vidro.

Apesar de parecer algo sobrenatural, não é. O livro se foca nos relacionamentos. Da extrovertida Ida e do tímido Midas, da mãe de Midas e do biólogo Henry, de Carl e mãe de Ida... Enfim, o que mais é retratado é como às vezes nos prendemos a pessoas ou situações que não nos fazem bem e não conseguimos mudar isso. Ida apareceu ali para tirar Midas da mesmice da vida da ilha e dar uma sacudida no seu pequeno mundo e foi em Midas que Ida encontrou o amor que nunca encontrou nas outras partes do mundo.

Ali Shaw conseguiu escrever um conto de fadas moderno e, por falta de palavra melhor, bittersweet, que nos faz pensar na vida, por mais clichê que isso possa parecer.
A inglesa Angela Clark é super indecisa e até então parece viver na monotonia desde sempre. Com um emprego ok e um noivo "ok e meio" ela vai levando a vida. Até o casamento de sua melhor amiga. No meio da festa, acontece um babado e Angela decide que tudo tem que mudar.

Com um pouco mais do que um par de sapatos Louboutin e seu passaporte, Angela decide fugir de tudo e de todos, inclusive do agora ex-noivo, e parte rumo ao destino mais vibrante e inesquecível do mundo: New York! Será que lá ela conseguirá curar o coração partido?

Em NY, Angela encontrará ajuda de Jenny, sua atual melhor amiga, que lhe dá várias dicas e arranja até um local para a recém chegada ficar. O medo de voltar para Londres e encarar a realidade ainda a apavoram então, a fim de aproveitar tudo, Angela entra de cabeça no estilo de vida da cidade. Acaba conhecendo dois homens maravilhosos, cada um a sua maneira e se vê encantada e tentada com as vitrines das lojas mais famosas do mundo. No meio de várias opções e oportunidades que começam a aparecer, Angela deve tomar muitas decisões e ver o que realmente é importante para ela.

Quando tudo parecia perdido, aparece uma bela oportunidade. Ela consegue um bico em uma revista famosa, onde ela terá que relatar suas experiências em um blog para os leitores. Depois disso, mais um dúvida entra para a vida de Angela. Será que ela deve largar de vez sua vida em Londres e ficar em NY ou deve voltar para casa e encarar a verdade nua e crua?

Eu amo New York é o primeiro livro da sequência "I heart" e todos acabam com nomes de cidades ícones do mundo. É uma leitura super leve, agradável e simples. Quando você vê já está virando a última página do livro. Não espere algo mirabolante com personagens complexos e uma trama fabulosa. É um chick lit bem despretensioso e que, de quebra, ainda pode lhe render algumas risadas. Eu amo Hollywood e Eu amo paris foram lançados juntos recentemente pela editora Fundamento. É uma boa pedida, assim você pode ler na sequência.
E também: o que eu consegui ler na Maratona Bout of Books 9.0.

Oi, meu nome é Nathaly e eu sou viciada em participar de maratonas literárias.

Na Maratona Bout of Books 9.0 eu li umas dez páginas do Cair da Noite (estou tendo problemas para ler esse livro, não está rolando), li Serena, e comecei a ler Swoon at your own risk (estou na página 45). Percebi que meu ritmo de leitura anda meio lento nesse começo de ano e decidi participar de mais um desafio pra ver se melhoro.


A Maratona Literária é organizada pelo blog Café com Blá Blá Blá e acontece do dia 13 ao dia 19 de janeiro. Você pode se inscrever até as 23h59 de hoje, então corre !
Aqui estão os livros que eu pretendo ler nessa semana:

Swoon at your own risk, Sydney Salter
Eu já comecei a ler esse na maratona Bout of Books, está bem divertido até agora. É uma daquelas histórias bem juvenis e de verão.

O verão sem homens, Siri Hustvedt
Esse eu fiquei com vontade de ler por causa de uma vlogueira/blogueira literária muito legal, a Juliana do Batom de Clarisse. Sei que esse livro divide bem opiniões, tem gente que ama ou odeia, mas vamos ver o que eu acho.

Harry Potter e a pedra filosofal, J.K. Rowling
Na verdade é uma releitura e faz parte das minhas metas literárias para esse ano.

Vanessa e Virginia, Susan Sellers
Estou lendo por pura curiosidade e sorte de ter pego ele na comunidade do Livro Viajante. Conta a história das irmãs Vanessa Bell e Virginia Woolf (pintora e escritora, respectivamente), em versão romantizada.



Estou sendo ousada, provavelmente não vai dar pra ler tudo isso, mas vamos tentar. Descontando as páginas que já li, se eu conseguir cumprir minha meta terei lido 907 páginas. É um ótimo número.

Espero que vocês tenham uma ótima semana!



Sigam-nos os bons!

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