Tudo nessa vida tem começo e fim, de um jeito ou de outro. Todo começo é doce e o fim sempre deixa um gosto amargona boca. Namorados para sempre mostra esses dois momentos de um relacionamento, quando Cindy (Michelle Williams) e Dean (Ryan Gosling) se apaixonam e quando passam a não se suportarem.

A história não segue uma ordem cronológica, o casal viaja no tempo mostrando como as coisas eram e como são, mas deixando de fora a explicação de como chegaram a esse ponto.

Ele era um rapaz carismático, cheio de boas intenções, que se transforma num artista frustrado e adulto irresponsável, que ironicamente é responsável por cuidar da casa e da filha, Frankie (Faith Wladyka). Ela sempre foi desiludida quanto ao amor, quase cínica, e sonhava se tornar médica, mas virou enfermeira e agora não consegue lidar com a imaturidade do maridão, tão pouco suporta a ligação dele com a filha.

Dean é quem percebe que os dois estão cada vez mais distantes e decide passar uma noite com ela num motel fuleiro para reacender a chama da antiga paixão, mas nem tudo sai como planejado. Com o decorrer da noite, descobrimos mais sobre o passado do casal, e aos poucos fica claro que só existe um jeito deles terem outra oportunidade de vivenciar a felicidade.

É difícil definir a sensação causada pelo filme. Em Hollywood, o amor é sempre retratado como algo mágico que rompe barreiras e supera qualquer tipo de obstáculo, mas nós, seres humanos do mundo real, sabemos que nem sempre é assim. Nem sempre o amor dá certo. O mais impressionante dessa obra é o modo como esse sentimento é explorado, real demais. É chocante ver um relacionamento ser dissecado de maneira tão fria e objetiva.

O elenco tem uma sintonia absurda. Eu nunca fui com a cara da Michelle Williams e talvez por isso eu tenha nutrido um ódio mortal pela personagem dela, uma mulher cheia de má vontade, sem emoção, sentimento e consideração pelas outras pessoas. Me apaixonei pelo personagem do Ryan Gosling, mesmo sabendo que se fosse na vida real eu ficaria bem revoltada com a falta de maturidade dele. Ele é o tipo de homem disposto a fazer qualquer coisa pelo amor.

Talvez eu esteja cansada da brutalidade do amor na vida real e por isso busque um pouco de facilidade na ficção, mas esse não é o caso. Namorados para sempre é um filme agridoce.
Título Nacional: A Fera
Autora: Alex Flinn
Ano de Lançamento: 2011
Número de Páginas: 317
Editora: Galera Record
Título Original: Beastly

Algumas histórias são tão boas que ficam difíceis de estragar, e mesmo assim as vezes conseguem. Esse não é o caso de A Fera, livro lançado no ano passado que conta uma versão adaptada ao nosso tempo da antiga história da Bela e a Fera.


Kyle é um jovem rico, bonito e popular. Uma combinação que muitos gostariam de ter, e ele sabe disso, tirando proveito de todas as suas "credenciais" sempre que pode. Até que ele é estúpido com uma garota da escola que na verdade é uma bruxa, e ela lança uma maldição - ele ficará com uma aparência terrível até que alguma garota se apaixone por ele.


A história é muito bem escrita e flui rapidamente. Meu único problema com o livro foi mesmo o Kyle, antes e um pouco depois de ser amaldiçoado e ficar com aparência de Fera. O cara era um total convencido, estúpido, tudo de ruim! 


Cheguei diversas vezes a quase perder a paciência com ele, mas acredito que até essa minha antipatia pelo personagem é um mérito da autora, que soube escrever bem e fazer a gente ir do ódio à simpatia em trezentas páginas. Lindy, a Bela dessa versão atualizada, também é uma personagem legal, que tem personalidade e questiona, coisas que as vezes sinto falta em outras garotas da literatura.


Se você procura um livro legal e que tem uma boa mensagem contra a importância exagerada à beleza que acontece na sociedade, essa certamente é uma leitura que você irá gostar!



Título: What Happened to Goodbye
Autora: Sarah Dessen
Ano de lançamento: 2011
Número de páginas: 416
Editora:  Puffin


Quando somos jovens, e as coisas dão errado, colocamos a cabeça no travesseiro e desejamos intensamente que possamos acordar na pele de outra pessoa. A manhã do dia seguinte sempre chega com a constatação de que a maioria dos desejos não se realiza. Para McClean isso não é apenas um sonho, é realidade. Ela muda de cidade em cidade, deixando para trás o CEP e a antiga personalidade também.


McClean Elizabeth Sweet já foi várias pessoas. Izzie, Eliza, Beth... Ela costumava ser uma garota comum que dividia com o pai a paixão por basquete universitário. Porém, a vida dela ficou de cabeça para baixo quando seus pais se divorciaram por causa do caso tórrido de amor  entre a mãe com o técnico do time de basquete favorito da cidade, que por pura coincidência era o ídolo do pai dela também.


Sem pensar duas vezes, ela escolhe o lado do pai. Ele trabalha para uma rede de restaurantes, descobrindo porque a franquia está dando prejuízo e tentando resolver isso. Esse processo dura alguns meses e depois de solucionado o problema, eles mudam para a próxima cidade. Essa vida louca permite que McClean possa sempre recomeçar, sendo uma garota diferente em cada escola.


Porém, as coisas não saem com planejado em Lakeview, onde ela é obrigada ser McClean e ver no que isso vai dar. Pela primeira vez em três anos ela tem amigos e um cara especial, o Dave.


Dessen explora o romance de maneira nada clichê, mantendo a história focada no amadurecimento de McClean o tempo todo. Apesar de se passar no colegial, não tem o lenga lenga da garota malvada da escola que usa sexo como arma para conseguir o que deseja. A história é original e muito bem escrita. Com o passar das páginas, McClean embarca numa viagem de aceitação, de quem ela é e do divórcio dos pais.


Eu adoro o modo como a autora desenvolve os personagens secundários dando voz e história para todos eles. Outro fator positivo é adolescência bastante similar com a realidade, com problemas reais e sérios, ao invés do enredo água com açúcar de filme da sessão da tarde. Mais uma vez a Sarah arrasou!
Título nacional: A Negociadora
Autora: Dee Henderson
Ano de lançamento: 2003
Número de páginas: 404
Editora: United Press
Título original:  The Negotiator


Algumas profissões sempre causam curiosidade, ou aquela sensação de "como nunca parei para pensar em como isso funciona antes". A de Kate O´Malley, personagem principal deste livro, é uma das que tem esse efeito sobre mim: ela é uma policial negociadora em situações de crimes com reféns.


Foi essa curiosidade que me fez querer ler o livro, pensando que seria uma ótima oportunidade de aprender mais sobre esses profissionais que estão sempre na linha de fogo e salvam vidas diariamente. Sinceramente, me senti enganada. Não que o livro não contenha nada sobre a profissão, mas ela se torna apenas "plano de fundo" para o romance. E o romance nesse livro é um porre!


A culpa toda é do mocinho: ele é Dave, um agente do FBI especializado na proteção de pessoas. Ele e Kate se conhecem quando ela negocia com um ex-funcionário raivoso de um banco que decidiu entrar no seu ex-lugar de trabalho e fazer um monte de reféns, incluindo o próprio Dave. Ele e Kate se dão bem logo de início, e o fato de ele ser meio chato e obsessivo com a segurança dela me incomodou desde a página que eles se conheceram até o fim do livro. Entendo que ele se preocupe em proteger as pessoas, porque é a profissão dele, mas com a Kate não dá, extrapolou! Ainda bem que ela dava umas "cortadas" nele, mas isso conforme o decorrer da história foi passando, infelizmente!


Mas o que mais me incomodou no livro não foi o Dave aborrecendo a Kate com aquele papo de "Você precisa de segurança! Você não pode se arriscar!" (cara, se arriscar é a profissão dela, sai dessa!). O mais irritante foi que, quando percebe que está se apaixonando por Kate e é muito possivelmente correspondido, Dave encontra um grande "defeito" em Kate: ela não é cristã. Ela não acredita em Deus. Então, ao invés de assimilar essa informação e tocar a vida adiante, ele ainda tenta bolar um plano de evangelização, para que eles possam ficar juntos. Sério isso? Você não pode aceitar a crença - ou no caso, a falta de crença - da pessoa e ficar com ela mesmo assim? Você tem que ficar empurrando a sua crença e colocar isso como condição de ficarem juntos? Sério mesmo? Cara, que atraso de vida!


As únicas coisas que eu gostei no livro foram as partes da família adotiva da Kate, todos os irmãos O´Malley e também o mistério que surge e as investigações. Só que essas partes poderiam ter sido melhor desenvolvidas, porque eu já sabia a resolução do mistério páginas antes dela realmente ser apresentada. Ou eu ando vendo Sherlock demais ou a trama era óbvia mesmo.


No fim, depois de quatrocentas páginas de uma história que poderia ser resumida em umas duzentas com sucesso, reforcei uma coisa que já sabia, mas que passo a vocês como um pequeno conselho: aceitem as pessoas como elas são, cristãos, budistas, espíritas, ateus. É muito bom ser tolerante e o mundo precisa mais disso!

Título nacional: Amor fora de hora
Autora: Katarina Mazetti
Ano de lançamento: 2011
Número de páginas: 176
Editora: Lua de Papel
Título original: Grabben I graven bredvid

Será que há um lugar certo para se encontrar o amor? Certamente um cemitério não estaria dentro das opções ideais, mas é exatamente esse o lugar em que os protagonistas de Amor fora de hora se encontram.

Ela é bibliotecária, culta e viúva de trinta e poucos anos que simplesmente não consegue sentir o luto pelo marido. Ele é um fazendeiro, simples, também de trinta e poucos, que procura uma companheira depois da morte da mãe. E assim, eles acabam caindo num relacionamento.

Logo de cara as diferenças culturais entre os dois são a principal dificuldade. Ele quer uma dona de casa, que saiba cozinhar, ordenhar, limpar e ainda ser uma boa amante. Ela quer um homem bem sucedido, culto e ambicioso.

Os dois são loucos um pelo outro. Só que o problema deles é o que sempre acontece na vida real, ninguém quer ceder. Ele tem esperanças de mudá-la e vice versa. E isso só serve para piorar ainda mais o relacionamento já complicado.

Não entrarei no mérito de quem está certo ou não, mas o que posso dizer é que a história é bem envolvente e você se vê torcendo - ou não - para que eles deêm um jeito. Cada capítulo é contado do ponto de vista de cada um, por isso é facíl entender o que se passa na cabeça deles.

Amor fora de hora é sobre um amor maduro, bem longe daqueles romances adolescentes e com uma narrativa bem crua. É um livro sobre escolhas e principalmente sobre a vida.
Título: Abandon
Autora: Meg Cabot
Ano de lançamento: 2011
Número de páginas: 320
Editora: Point

Abandon é oficialmente um livro da Meg Cabot, mas se me contassem que ela escreveu em conjunto com o Rick Riordan, eu acreditaria na hora!

Explico: o livro reconta o mito grego de Perséfone e Hares (mitologia grega é definitivamente uma área associada ao Rick Riordan), através da história de Pierce, que sofreu um acidente e morreu, indo parar em um lugar no qual reconhece John, um cara fortão que sempre se veste de preto que ela já havia conhecido quando tinha sete anos e estava velando seu avô.

Só que Pierce volta a vida depois de ter sido dada como morta no hospital e as coisas não são mais as mesmas (e nem poderiam ser!). Um tempo se passou, ela muda de cidade, enfrenta problemas dentro e fora da escola. E ao que tudo indica, John não vai deixar de aparecer na vida de Pierce, e ela ainda não tem bem definido o que ele é na verdade e que tipo de sentimento tem por ele.

O livro é uma releitura de mitologia grega com grandes doses de drama adolescente. A protagonista te leva a extremos: em algumas páginas, você passa do sentimento de simpatizar e compreender ela para o de querer gritar com ela, para deixar de ser besta. O problema é que eu iniciei a leitura com as expectativas muito altas, e elas não foram atendidas.

O livro não é ruim, mas também não é tudo aquilo que poderia ser. Talvez nas continuações a coisa melhore (sim, será outra série. A Meg não sabe mais escrever um livro só, para o terror da minha conta bancária!). Recomendo para quem gosta de mitologia, mas não se importa com adolescentes em crise, galãs com olhos que mudam de cor e um pouco de mistérios.
Estão Todos Bem é um filme de ritmo lento e enredo envolvente. A princípio, rola uma sensação bastante contraditória, a gente não sabe se gosta do que está vendo ou se procura algo melhor. É o tipo de drama familiar que mexe com o público aos poucos e no fim não deixa dúvidas de que valeu a pena.

Frank Goode  (Robert De Niro) perdeu a esposa há pouco tempo, além de sentir saudade da amada que morreu, ele ainda sente falta dos filhos, já adultos, que se distanciaram dele. A mãe era o elo que mantinha a família unida e, sem ela por perto, os filhos deixaram de visitar. A distância, não somente geográfica, só fica óbvia quando Frank promove um jantar e todos os filhos cancelam a aparição em cima da hora. Por isso, ele resolve visitar os quatro filhos, mesmo que seja contra ordens médicas.

Ele é um pai preocupado com o futuro e extremamente carinhoso, mas a cima de tudo é exigente. É justamente por esse motivo que falha quando busca conhecer melhor a vida dos filhos. Ele espera mais do que eles podem oferecer e eles morrem de medo de decepcioná-lo. Os filhos têm personalidades distintas e vários “fracassos” pessoais que acreditam que partiriam o coração do pai, caso soubesse. São segredo que ele percebe, mas finge não ver.

O elenco foi muito bem escolhido, os personagens são reais demais e o roteiro é comovente sem ser apelativo. A melhor cena é a que Frank se reencontra com a versão infantil dos filhos e discute tudo que ignorou quando os visitou. O rumo que a história segue provoca uma tristeza sincera e profunda no público. Dá vontade de ligar para os pais e perguntar se está tudo certo, quando a gente pode se encontrar pra matar a saudade e colocar a vida em dia. Dá um medo danado de não ter tempo suficiente. É um filme bom, no qual está tudo bem, mesmo que não pareça.
Título Nacional: Dividindo Mel
Autora: Iris Figueiredo
Ano de Lançamento: 2011
Número de Páginas: 200
Editora: Draco

Relacionamentos amorosos são uma das coisas mais complicadas da galáxia. Melissa, a protagonista do chick-lit de estreia da blogueira Iris Figueiredo, certamente sabe disso, talvez até melhor do que ninguém: saindo de um relacionamento mal sucedido atrás do outro, Mel está cansada e desacreditada quanto a raça masculina. 


Até que ela conhece Ricardo, um advogado muito gente fina. E também reencontra Mateus, seu melhor amigo que foi estudar no interior e está de volta para as festas de final de ano. Perceberam porque o título é Dividindo Mel? 


Eu acredito que para um livro de estreia, foi um ótimo começo. Não tem como não se divertir com as situações engraçadas em que a Mel se mete e com as referências à cultura pop. Pra quem mora em Niterói, deve ser ainda mais legal a leitura, pois o livro se passa nessa cidade e pode rolar aquela identificação do tipo "ah, a Mel encontrou o Ricardo na rua X, que legal, eu passo pela rua X todos os dias!". 

É uma leitura leve, super indicada para as férias. Recomendo pra você  que curte uma boa história contemporânea e não tem preconceitos com chick-lit.
Título nacional: Quando ela se foi
Autor: Harlan Coben
Ano de lançamento: 2011
Número de páginas: 256
Editora: Arqueiro
Título original: Long Lost

Myron Bolitar é uma mistura de vários personagens. Tem a inteligência de Tom Langdon, o poder dedutivo de Sherlock Holmes e é atraente como James Bond, mas no final das contas ele consegue ser diferente de todos eles.

Quando ela se foi é um dos vários livros que têm como personagem principal o empresário esportivo que nas horas vagas resolve alguns mistérios. Neste volume, ele recebe uma ligação de uma antiga paixão com apenas um pedido: venha a Paris. Mesmo sem vê-la por oito anos, Myron parte para a Cidade Luz para ajudar a moça com o que quer que ela precisa. Só que o problema dela era bem mais do que matar as saudades de um velho amante. O ex-marido da moça é encontrado morto e o "detetive" acaba envolvido numa trama bem complicada e inesperada.

A narrativa frenética me lembrou os livros de Dan Brown, tirando o tema histórico. Tudo acontece bem rápido e é impossível não se envolver com a história e ficar super curioso para descobrir o que afinal está acontecendo.

E o final de Quando ela se foi é simplesmente mind-blowing. Realmente não esperava como solução algo tão diferente. Um livro super recomendado para todos os amantes de uma boa investigação e uma ótima narrativa.

Sigam-nos os bons!

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