Este livro foi lido para o Desafio Literário do Tigre. O tema de abril era "Hype do momento".

Ando com a péssima mania de antes de ler um livro procurar resenhas dele, principalmente pelo Goodreads. O que acontece é que quando as resenhas são muito negativas acabo me desanimando. No caso desse livro, todas as classificações eram positivas. Cheguei até a estranhar, mas foi o empurrão final para eu começar a lê-lo.

Tenho que confessar que no começo não entendia tantas estrelas dadas a esse livro. Logo na primeira página já me vi com raiva da protagonista. Mas resolvi ir adiante com a leitura e não me arrependi!

A história é contada por Dashti. Ela é a criada da princesa Saren que foi condenada a passar sete anos trancada numa torre por se recusar a casar com o homem escolhido por seu pai. E a fiel criada segue a nobre em sua prisão e narra em seu caderno tudo pelo que as duas passam.

É incrível como Dashti consegue ser positiva. Ela consegue ver o lado bom de tudo. Claro que isso se deve muito ao tipo de criação que ela teve, mas com o passar da história, a cada página, ela se mostra uma pessoa honesta, corajosa e cheia de vida. O que no começo parece resignação por sua posição se torna fibra e ela mostra que qualquer pessoa pode fazer a diferença.

Li "O livro dos mil dias" esperando um livro leve e simples, mas o que li foi muito além disso. É uma história de autoconhecimento, coragem e superação.

Eu já gostava desse livro antes mesmo de ler. Quando decidi partir da teoria para a prática, comecei a leitura morrendo de medo de ter que me contradizer e que no fim tudo não passasse de uma história mais ou menos. Fiquei muito feliz em não ter que fazer nada disso: é ainda melhor do que eu pensava.

O livro conta a história de Sybill, que depois de um acidente com o navio em que ela estava descobre que tem habilidade de respirar embaixo d´água, o que a torna uma anômala e faz com que o governo mude-a para uma cidade especial com uma nova família.

Então acontece toda a adaptação da Sybill à sua nova vida, já que antes ela vivia em uma zona de guerra e agora está em uma cidade tranquila, com uma família boa e frequentando a escola, onde conhece mais anômalos com variados graus de simpatia e poderes. Contar mais do que isso é dar spoilers, mas acredite em mim, vale a pena ler esse livro.

Tive que aguentar pessoas me perguntando se era Jogos Vorazes por causa do símbolo amarelo na capa (são diferentes, mas tem gente que não percebe) e que quando eu explicava a trama diziam "Ah, tipo X-Men então"? Entendo de onde vem as conclusões, mas acredito que A Ilha dos Dissidentes é um ótimo livro que se sustenta sozinho independente das referências utilizadas pela autora.

Quanto a história, não tenho absolutamente nenhuma reclamação, o que é raríssimo. Basicamente tudo no livro me agradou, gostei até das cenas de ação, que geralmente me enchem daquela sensação de "peraí, será que pulei algum parágrafo e não estou entendendo"? Em A Ilha dos Dissidentes é tudo tão bem narrado que dá pra acompanhar (e sentir toda a tensão) sem problemas.

Também gostei muito do fato de que a Sybill é bem sem mimimi e frescuras, isso é um grande ponto a favor. Os amigos dela e toda a situação política do mundo criado são muito interessantes.

Se você gosta de distopias e histórias bem escritas, vale a pena ler e aguardar as continuações.

Sigam-nos os bons!

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