A garota dos pés de vidro estava lá bem quietinho na minha estante há alguns anos (shame on me). Aí veio o Desafio Literário do Tigre 2014 e como o tema de janeiro era "na estante" resolvi tirar a poeira do livro e lê-lo.

Uma das descrições que eu mais encontrei a pesquisar sobre a história desse livro (e a que me fez comprá-lo, diga-se de passagem) é a de que é um conto de fadas moderno.

Como todo bom conto de fadas tudo começa quando Ida e Midas se encontram. Ele é um tímido fotógrafo morador da pequena ilha. Ela é uma jovem aventureira que está ali por uma razão bem especifica. Ela está se transformando em vidro.Ela não sabe porque, só sabe que está acontecendo e acha que a pequena ilha guarda tantos mistérios que algum deles deve poder ajudá-la a se curar.

O que é mais intrigante é que o mundo em que os personagens vivem é mesmo que o nosso, mas por algum motivo desconhecido a ilha abriga criaturas misteriosas como pequenas vacas aladas do tamanho de insetos, e sim, um lago com pessoas transformadas em vidro.

Apesar de parecer algo sobrenatural, não é. O livro se foca nos relacionamentos. Da extrovertida Ida e do tímido Midas, da mãe de Midas e do biólogo Henry, de Carl e mãe de Ida... Enfim, o que mais é retratado é como às vezes nos prendemos a pessoas ou situações que não nos fazem bem e não conseguimos mudar isso. Ida apareceu ali para tirar Midas da mesmice da vida da ilha e dar uma sacudida no seu pequeno mundo e foi em Midas que Ida encontrou o amor que nunca encontrou nas outras partes do mundo.

Ali Shaw conseguiu escrever um conto de fadas moderno e, por falta de palavra melhor, bittersweet, que nos faz pensar na vida, por mais clichê que isso possa parecer.

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