Título: Just Listen
Autor: Sarah Dessen
Número de páginas: 400
Editora: Speak

*A editora Farol lançou o livro em português no ano passado, o título ficou como Just Listen - A garota que esconde um segredo.

A jovem Annabel Green é uma modelo, que mora numa casa de vidro, e aparentemente não tem nada para esconder. Ela tem a vida perfeita! Ou pelo menos era isso que todos costumavam pensar sobre ela, até que foi pega, na cama, com o namorado da melhor amiga numa festa.

Apesar de todos falarem sobre o assunto, como se algum deles realmente tivesse visto o que aconteceu, a unica que sabe o que realmente rolou naquele quarto escuro é Annabel. E esse é um segredo que ela pretende levar para o túmulo e quem sabe assim não decepcionar mais ninguém, não causar mais problemas para a família e não parecer a vítima.

Depois de um longo e solitário verão, a volta às aulas consegue piorar ainda mais as coisas. Antes, ela evitava as pessoas. Agora, são os outros que não querem ser vistos com ela. Essa solidão só tem fim quando o problemático Owen Armstrong mostra que as aparências enganam. Annabel é do tipo boazinha que filtra os pensamentos e acredita que omitir não é mentir, já o gigante Owen fala tudo que pensa e não poupa ninguém dos seus sentimentos. E a música transforma uma conversa inocente, numa amizade de verdade.

Assim como em The Truth About Forever, a personagem principal deste livro vive em função dos outros, se deixando em segundo plano, como se a vida fosse um espetáculo com o único objetivo de agradar o público. Até que alguém repara no que está acontecendo e mostra que isso não é viver.

A história parece bobinha, coisa de adolescente, mas Sarah Dessen tem o dom de falar sobre coisas muito sérias de maneira bastante leve. Nesse livro, os conflitos familiares exploram temas como anorexia e depressão, e fora desse núcleo, tem o estupro. O drama é despretencioso, o romance não é meloso e os diálogos são simples, mas absurdamente profundos, do tipo que faz a gente ficar pensando sobre o mesmo assunto durante um bom tempo.

Depois de tanta rasgação de seda, nem preciso dizer que agora sou mais fã da Sarah, né? E desejo da profundeza do meu coração, que um dia eu  escreva tão bem quanto ela.

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