Título: Nineteen minutes
Autora: Jodi Picoult
Ano de lançamento: 2007
Número de páginas: 642
Editora: Atria


"Em dezenove minutos, você pode cortar a grama do jardim da frente; tingir seu cabelo; assistir um terço de um jogo de hóquei. Em dezenove minutos, você pode cozinhar alguns bolinhos ou começar a fazer um canal no dentista; você pode dobrar as roupas lavadas de uma família de cinco pessoas. Em dezenove minutos, você pode parar o mundo; ou você pode apenas saltar dele." traduzido mal e porcamente por Arielle Gonzalez

Mais uma vez, Jodi Picoult me deixou sem fôlego e dividida entre o que é certo e errado, sem saber qual lado deveria escolher, por mais óbvia que devesse ser a resposta.

Peter Houghton, é um estudante de 17 anos que a vida inteira sofre abusos verbais e físicos dos companheiros de escola, o famoso bullying que é tão popular na mídia. Essa vida sofrida, valeria a pena se ao menos ele tivesse ao lado dele a melhor amiga de infância, Josie Cormier. Mas acontece, que a amizade dos dois só trouxe infelicidade para a vida de Josie, e depois de varias idas e vindas, o jeito é serem amigos em segredo, para mais tarde, não serem amigos de jeito nenhum. Só então, Josie entra para o tão almejado grupo de pessoas populares da escola, o mesmo grupinho que faz da vida de Peter um inferno. 

Tudo isso chega ao fim, quando um último ato de bullying faz com que Peter chegue ao limite da razão, o que resulta num ato de violência absurda. Um belo dia, ele simplesmente vai ao colégio e saí de lá algemado, depois de matar 10 alunos e ferir mais 19.

Essa tragédia muda, de alguma maneira, a vida de todos os moradores de Sterling, que se dividem entre as vítimas e aquelas que entendem a ação desesperada de Peter, pois em algum momento também já sentiram na pele a dor de sofrer bullying. Entre os mais afetados está a juíza Alex Cormier, que fica dividida entre o caso mais importante da carreira dela e a oportunidade de estar ao lado da filha, Josie Cormier, que presenciou os últimos minutos do assassinato do colegas. Além dela, os pais de Peter, Lacy and Lewis Houghton, se recuperam da perda do filho mais velho num acidente de carro, o perfeitinho não tão perfeito assim Joey, enquanto tentam descobrir onde foi que erraram na criação do filho mais novo.

Apesar de Peter ser o responsável pela tragédia, ele é o que menos aparece no presente, as partes dele são mais focadas em como ele chegou até aqui, expondo todo o abuso que ele sofreu por ser apenas diferente. Quem tem mais espaço é a Josie, mostrando o relacionamento dela com o valentão Matt e o estilo de vida que escolheu levar, que requer que ela seja outra outra pessoa durante todo o tempo para ser aceita pela sociedade, e a vida após todo esse trauma. O passado dos dois juntos também é explorado.

É difícil resumir todo o drama deste livro ou mostrar a dimensão das coisas, por ele ser tão complexo e mostrar vários lados de uma mesma história. A narrativa, cheia de analises sociais e psicológicas, alterna o que já aconteceu com o que está acontecendo. Enquanto trabalha a trama principal, várias histórias secundárias ganham espaço e profundidade, e dão sentido ao presente. 

Mesmo que seja  complicado simpatizar com Peter, um adolescente chato que amadurece aos 45 minutos do segundo tempo, a autora faz questão de mostrar que ele sempre foi uma garoto doce e sensível, para provar que o monstro que ele se tornou é apenas a consequência de como a sociedade tratou ele.

E adianto que o final é um surpreendente espetáculo a parte.

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