Um livro de contos organizados pelo Nick Hornby contendo um escrito pelo Colin Firth? Não precisei pensar duas vezes antes de pegar esse livro para ler. Na verdade o livro tem contos legais de vários autores, além dos que já citei só conhecia a Helen Fielding (ela é autora de O Diário de Bridget Jones) e o Dave Eggers (só de nome). Foi um livro ótimo e compartilho aqui minhas impressões sobre cada conto - já aviso que será um post longo, porque são doze!

Depoimento ministerial (Robert Harris)
É um conto bem engraçado sobre um primeiro-ministro inglês que uma bela tarde "pira na batatinha" e resolve fugir de seus seguranças e acaba passando por alguns maus bocados e aventuras pelas ruas de Londres.

Bar Maravilha (Melissa Bank)
Fiquei chateada quando esse conto acabou, porque adorei a história. Acompanhamos uma noite do casal Meg e Seth, narrada pela Meg, que sente conflitos por ser bem mais velha que o namorado. Achei tudo muito divertido e fofo.

Últimos pedidos (Giles Smith)
Nesse conto acompanhamos a rotina de uma senhora que perdeu o marido e que tem filhos já adultos que trabalha como cozinheira no departamento de prisões conhecido como corredor da morte. Ela prepara as últimas refeições dos presos de lá, fala um pouco sobre a vida e como os outros encaram a profissão dela. É muito legal e diferente, porque a gente nunca pensa nessas profissões.

Peter Shelley (Patrick Marber)
Conto chatinho sobre um casal de adolescentes que curte música, se veste de forma estranha e só quer saber de botar para quebrar no sentido sexual da coisa ao som de novos vinis de rock. Ainda bem que é curto.

O Departamento do Nada (Colin Firth)
Está aí o conto que era mais aguardado por mim! E é o melhor da coletânea. Conta a história de Henry e sua avó, que adora contar histórias para ele. De repente Henry fica popular na escola contando para outras pessoas a história que a avó conta para ele e um monte de coisas acontecem. É uma história simples mas muito bem escrita, Henry e sua avó são muito carismáticos e eu queria muito que não fosse um conto, e sim um livro imenso, de setecentas páginas, porque é muito bom.

Eu sou o único (Zadie Smith)
Daria um livro YA bem contemporâneo e realista. Conta a história de um casal de irmãos que tem sua própria dinâmica (cheia de discussões, é claro). O irmão mais novo é viciado em malhar e a mais velha quer ser cineasta e fica assistindo filmes antigos sem parar. Não é um dos melhores do livro, mas é divertido.

Jesus mamilo (Nick Hornby)
Mamilos polêmicos! Esse é o meu segundo conto preferido do livro, conta a história de Dave, que trabalhava como leão-de-chácara em uma boate mas que agora está começando um novo emprego como segurança em uma galeria de arte. Ele tem que cuidar de um retrato polêmico de Jesus e a história passa por todas as consequências disso, mostrando diversos lados de situações (no caso artísticas) que geram controvérsia.

Após ser jogado no rio e antes de me afogar (Dave Eggers)
Esse conto ocupa a terceira posição na minha preferência, apesar de ser uma das coisas mais tristes que já li na vida. Conta a história de um cachorro pelo ponto de vista dele, é muito bem escrito e acho que podia ser maior, de tão bom que é.

Puta sortuda (Helen Fielding)
Fiquei no meio termo, entre gostar e não gostar desta história. Uma senhora está caída no chão de sua casa e não sabe bem como foi parar ali, então como não consegue se levantar, fica refletindo sobre sua vida. Achei interessante que a tal senhora vai citando situações e amigos que na verdade podem ser grandes figuras, como o pintor Matisse e o escritor Ernest Hemingway, para quem pescar as referências.

O escravo (Roddy Doyle)
Fiquei com a opinião dividida, mas acho que no fim o saldo foi positivo sobre esse conto narrado por um quarentão pai de família e leitor voraz que um dia de manhã encontra um rato morto na despensa da cozinha, e a partir daí reflete sobre toda sua vida e fica um pouco neurótico.

Culpa católica - no fundo você adora (Irvine Welsh)
Esse é o conto com mais palavrões, bebidas e violência, mas depois que vi no fim do livro que o autor é o mesmo que escreveu o livro Trainspotting (que depois foi adaptado para o cinema), o estilo e a narrativa começaram a fazer mais sentido. É a história de um homofóbico e pensei em pular esse conto, porque homofóbicos me irritam profundamente, mas ok, eu continuei lendo, é um conto que eu não gostei.

Caminhando contra o vento (John O´Farrell)
Encerrando o livro temos a história de um rapaz de uma cidade pequena que sonha em ser mímico! Muito diferente a história, e eu achei muito bem escrita e agridoce.

Um comentário:

  1. ... conto de Colin Firth???? Desculpe, eu parei de ler aí! rs

    Não li a história de todos os contos, mas só pela história do primeiro e do Colin Firth eu já preciso deste livro!

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