Hora de voltar foi escrito e dirigido por Zach Braff, o eterno JD da série Scrubs. Ao contrário do que se pode imaginar, devido o currículo do Senhor Braff, se trata de um filme bastante dramático, e igualmente  engraçado, sobre pessoas excêntricas e muito parecidas com pessoas normais. Justamente para provar que de médico e louco todo mundo tem um pouco, sabe?

Andrew "Large" Largeman (Braff) é um cara apático que leva a vida de ator/garçom bem longe da casa, em Los Angeles. Ele desconhece o significado de Lar desde que foi mandado para um colégio interno quando era adolescente. O relacionamento com os pais é tão distante quanto a cidade onde atualmente mora e seu constante estado de espírito mais do que calmo é resultado de uma combinação de remédios para depressão. O responsável pela medicação é o psiquiatra e também seu pai, Gideon Largeman (Ian Holm, o para sempre Bilbo Bolseiro de O Senhor dos Anéis).

Com a morte de sua mãe, Large é obrigado a voltar para casa e enfrentar os demônios do passado. Em Garden State, cidade onde passou apenas a infância e parte da adolescência, ele reencontra velhos amigos e conhece a inusitada Sam (Natalie Portman) que, com todas as bizarrices e teorias sobre a vida, devolve a Large a alegria que há muito tempo ele não sentia, se é que em algum momento ele chegou a sentir verdadeiramente.

Entre os velhos amigos, está Mark (Peter Sarsgaard) o ex-melhor amigo que virou coveiro e se auto-encarregou de inserir Largeman na vida social local. Mas para Large, voltar para casa, depois de morar na “cidade grande”, é como voltar no tempo, uma constatação de que algumas pessoas são incapazes de mudar, enquanto ele não tem mais nada a ver com o seu velho eu ou aquele lugar.

Esse filme é incrivelmente engraçado e triste, do tipo que mexe com a cabeça da gente e nos obriga a refletir sobre o rumo que a nossa vida está tomando. O elenco muito bem escolhido e o roteiro bem escrito torna impossível achar esse longa ruim. Não sei explicar porque gostei tanto, só sei que já entrou para a lista dos favoritos.

Um comentário:

  1. Também fiquei com essa sensação...Por que é que gostei tanto? É porque é sensível e tem duas frases maravilhosas que me tocaram bem fundo. Muito bom! Adorei!

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