Anita tem 30 anos e não é nem um pouco realizada. Sua vida é bem diferente do que ela sempre imaginou e vive se questionando o que fez de errado durante o decorrer dos anos. Assim como a maioria das meninas quando têm 15 anos, Anita tinha um blog e um dia, ao reencontrá-lo, algo esquisito acontece com ela e tudo a seu redor se transforma.

Seu mundo "confortável" fica de cabeça para baixo quando, de uma hora pra outra, ela volta no tempo. Com 30 anos, ela retorna para seu corpo de quinze e se vê novamente vivendo a vida que levava na época do ensino médio. Como se vê presa ao não tão novo corpo, Anita acredita que isso é uma oportunidade para ela modificar algumas coisas no passado, mas ela começa a perceber que as consequências de suas atitudes nem sempre são as mais agradáveis. No meio de confusões com amigos, amores e problemas na família, Anita vai tentar mudar seu destino.

De volta aos Quinze é um livro infanto-juvenil então, se você for mais velho, tem que começar a leitura com a mente bem aberta e sabendo que algumas atitudes dos personagens poderão sair do universo adulto. Porém, a Anita tem 30 anos e continua tendo ações de uma criancinha mimada e de uma adolescente rebelde sem causa e isso, não dá pra ignorar. Todos os personagens foram apresentados de forma vaga além de serem superficiais. Não há profundidade em nenhum deles e você termina a leitura com uma porção de dúvidas que espero que sejam respondidas no segundo livro. Ou não, se for pra seguir a mesma linha deste e pra ser tão mal escrito é melhor que nem tenha continuação.

Cheio de "blábláblá e mimimi" não consegui amar e/ou torcer pelos protagonistas, já que o romance tem uma história um tanto sem sal: até certo momento, Anita nem sequer notava o mocinho e do nada resolve que está perdidamente apaixonada e que ele é o homem da sua vida; desculpa, mas não me convenceu. Você não se apaixona do dia pra noite. Durante a leitura, qualquer desfecho pra mim seria bom, desde que eu conseguisse chegar ao fim. (Não gosto de abandonar livros pela metade). A ideia da história é boa, mas não foi bem executada e me decepcionou; eu esperava mais. Tem muitos nacionais por aí bem melhores. De volta aos Quinze não vale o tempo.  

2 comentários:

  1. Então então... Se eu tivesse de escrever uma resenha sobre esse livro, acabas de tirar as palavras da minha boca.
    Nossa, é incrível! Porém, a parte do "eu espera mais" é exatamente o que me faz achar o livro bom. Bom numa concepção larga, em que não quero julgar a visão de mundo da autora, julgar uma narrativa que me faça refletir em cada parágrafo ou numa perspectiva de que estou lendo um futuro best-seller. Eu o li esperando um entretenimento que não me faça roer as unhas. O li sem comparar com qualquer outro. Então foram cinco horas de leitura que valeram os trinta mangos que paguei na saraiva. Como diriam paulistas, não foi "da hora", mas de acordo com paraenses, será "pai d'égua" para minha prima, de 13 anos. É bem inocente e simples. Uma ideia boa que poderia ter sido bem desenvolvida em 400-500 páginas.
    NO ENTANTO, esses autores "neo-contemporâneos" INSISTEM que uma boa história ter que ser desenvolvida em 467 milhões de páginas divididas em 15 mil volumes. Por quê? POR QUÊ?! Alguns eu tenho que dar aval de coração aberto, como Martin, Tolkien, Lewis e até Rowling. Todavia, por que eu sempre caio na ignorância de pegar livros aleatórios, eu, tola, escolho os que, bem miudinhus, escondem a armadilha "Parte 1".
    Obrigada, Vida.

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    Respostas
    1. Achei muito legal seu ponto de vista. Concordo com você, por isso disse na resenha que é um livro infanto-juvenil então, se a pessoa for mais velha, tem que começar a leitura com a mente bem aberta e sabendo que algumas atitudes dos personagens poderão ser um pouco infantis.
      E, realmente. Hoje em dia os autores insistem em escrever sagas de 15 mil volumes. Alguns são felizes outros, nem tanto.
      Eu esperava mais no sentido de: não importa se o livro é infanto-juvenil ou não, se é um best seller ou não ou se é super simples. Eu acredito que toda história deve ser bem amarrada e não deixar nenhuma "emenda" aparecendo, pq isso faz com que a leitura fique com pedaços em branco, sabe?
      A ideia é realmente muito boa, mas faltou desenvolvimento.
      Aparece mais por aqui.
      Beijos!!

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