Título nacional: A Negociadora
Autora: Dee Henderson
Ano de lançamento: 2003
Número de páginas: 404
Editora: United Press
Título original:  The Negotiator


Algumas profissões sempre causam curiosidade, ou aquela sensação de "como nunca parei para pensar em como isso funciona antes". A de Kate O´Malley, personagem principal deste livro, é uma das que tem esse efeito sobre mim: ela é uma policial negociadora em situações de crimes com reféns.


Foi essa curiosidade que me fez querer ler o livro, pensando que seria uma ótima oportunidade de aprender mais sobre esses profissionais que estão sempre na linha de fogo e salvam vidas diariamente. Sinceramente, me senti enganada. Não que o livro não contenha nada sobre a profissão, mas ela se torna apenas "plano de fundo" para o romance. E o romance nesse livro é um porre!


A culpa toda é do mocinho: ele é Dave, um agente do FBI especializado na proteção de pessoas. Ele e Kate se conhecem quando ela negocia com um ex-funcionário raivoso de um banco que decidiu entrar no seu ex-lugar de trabalho e fazer um monte de reféns, incluindo o próprio Dave. Ele e Kate se dão bem logo de início, e o fato de ele ser meio chato e obsessivo com a segurança dela me incomodou desde a página que eles se conheceram até o fim do livro. Entendo que ele se preocupe em proteger as pessoas, porque é a profissão dele, mas com a Kate não dá, extrapolou! Ainda bem que ela dava umas "cortadas" nele, mas isso conforme o decorrer da história foi passando, infelizmente!


Mas o que mais me incomodou no livro não foi o Dave aborrecendo a Kate com aquele papo de "Você precisa de segurança! Você não pode se arriscar!" (cara, se arriscar é a profissão dela, sai dessa!). O mais irritante foi que, quando percebe que está se apaixonando por Kate e é muito possivelmente correspondido, Dave encontra um grande "defeito" em Kate: ela não é cristã. Ela não acredita em Deus. Então, ao invés de assimilar essa informação e tocar a vida adiante, ele ainda tenta bolar um plano de evangelização, para que eles possam ficar juntos. Sério isso? Você não pode aceitar a crença - ou no caso, a falta de crença - da pessoa e ficar com ela mesmo assim? Você tem que ficar empurrando a sua crença e colocar isso como condição de ficarem juntos? Sério mesmo? Cara, que atraso de vida!


As únicas coisas que eu gostei no livro foram as partes da família adotiva da Kate, todos os irmãos O´Malley e também o mistério que surge e as investigações. Só que essas partes poderiam ter sido melhor desenvolvidas, porque eu já sabia a resolução do mistério páginas antes dela realmente ser apresentada. Ou eu ando vendo Sherlock demais ou a trama era óbvia mesmo.


No fim, depois de quatrocentas páginas de uma história que poderia ser resumida em umas duzentas com sucesso, reforcei uma coisa que já sabia, mas que passo a vocês como um pequeno conselho: aceitem as pessoas como elas são, cristãos, budistas, espíritas, ateus. É muito bom ser tolerante e o mundo precisa mais disso!

Um comentário:

  1. NÃO TINHA OUVIDO FALAR DESSE LIVRO,MAS ME PARECE SER MUITO BOM MESMO.

    PRIMEIRA VISITA MINHA AQUI E TO ADORANDO.JA TO SEGUINDO.

    http://livrosecinemasdeamanda.blogspot.com/

    BJINNNN...

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