Este livro foi lido para o Desafio Literário do Tigre. O tema escolhido foi "escrito por uma mulher".

Fazia muito tempo que não lia um livro que me impressionava tanto. Chega até a ser difícil não usar adjetivos como incrível e maravilhoso para descrever A darker shade of magic. Mas, vamos logo à história.

Existem quatro Londres. A Londres Cinza onde não há magia, a Londres Vermelha onde há magia para todos, a Londres Branca onde magia é rara e sinal de poder e a Londres Negra que deixou de existir por ser consumida pela magia. Todas têm o mesmo nome e ficam no mesmo lugar, mas em dimensões diferentes. Ninguém sabe porque, só que sempre foi assim.

Kell é um Antari da Londres Vermelha. Antari é uma pessoa com dons mágicos capaz de "viajar" entre as Londres. Sua condição é muito rara, não é hereditária e ninguém sabe como alguém nasce com esse dom. O que sabem é que em todas as "dimensões" só resta ele e Holland em Londres Branca que são capazes de transitar entre os mundos. 

Em algum momento da história, entra Lila, a personagem mais incrível do universo. Ela sempre teve que se virar sozinha e sonha em um dia ser pirata e ter várias aventuras.  Graças a uma armação contra Kell, os dois acabam se esbarrando em Londres Cinza e os dois acabam formando a aliança mais inesperada e ainda sim a mais incrível, divertida e certa que não se via há muito tempo (viu como estou usando a palavra incrível?).

Esse foi o primeiro livro que li da autora e tenho que dizer que já virei fã e com certeza vou ler outros livros dela. Ela consegue criar todo um universo novo e muito interessante e cheio de possibilidades. Além de criar personagens impossíveis de não amar e mesmo assim reais apesar de toda a magia envolvida na história. 

Como esse foi o primeiro livro de uma trilogia, o ritmo da história é bem lento e até a página 70 parece que não vai acontecer nada de importante. Além de que no começo é difícil acompanhar a diferença de cada Londres, o cada uma é e tal. Mas eu peço que não desista da leitura que você não vai se arrepender, vale muito a pena.  

A darker shade of magic foi uma surpresa muito boa e com certeza vai entrar para os melhores do ano. Uma história envonvente, criativa e cativante. Recomendo. 

Este livro foi lido para o Desafio Literário do Tigre. O tema escolhido foi "clássico".

Sempre me interessei pela figura do detetive Sherlock Holmes. Mas foi mesmo com a série da BBC com Cumberbatch que me apaixonei pelo personagem e isso me deu uma impulsionada para finalmente ler as obras de Arthur Conan Doyle e conhecer o personagem em sua forma original.

Já havia lido os outos livros como O cão dos Baskervilles, o estudo em vermelho e alguns outros contos. Agora resolvi continuar com As aventuras de Sherlock Holmes que á uma coletânea de alguns contos do famoso detetive. Para ser mais específica, os cinco contos são:  a banda pintada, o polegar do engenheiro, o nobre solteiro, a coroa de berilos e as tias roxas. 

Não vou falar de cada um separadamente, mas sim de uma maneira geral. Todos os contos têm em comum a estranheza. Sempre são situações inusitadas em que para nós não há uma simples explicação, mas que para os poderes de dedução do detetive tudo pode ser resolvido em questão de horas com algumas observações. 

O que mais me impressiona na obra do autor é que não importa que ela tem mais de 100 anos, a leitura continua sendo ótima e interessante. E Sherlock continua sendo um personagem tão excelente e criativo que a série de Cumberbatch é só mais uma prova como sua obra continua atual e de interesse de todos, já que ela adapta com maestria seus contos para a época de hoje. Por isso, se você gosta dos filmes do Robert Downey Jr e da série do Cumberbarch leia os livros que você não irá se arrepender. 

Este livro foi lido para o Desafio Literário do Tigre. O tema escolhido foi "lançado no mês".

Não sei o que acontece com os livros da Colleen Hoover, só sei que não importa o que a mulher escreva, eu vou ler desesperadamente em poucos dias. E com Confess, seu último livro lançado, isso não foi diferente.

O livro conta a história de Auburn e Owen. Auburn acabou de se mudar para o Texas, mas parece que não consegue se adaptar bem. Ela não gosta do seu emprego, não gosta do clima do estado, no geral ela não está satisfeita com sua vida. Owen é um jovem artista. E como todo artista clichê ele é atormentado por um acontecimento do passado que ele nunca realmente superou. 

Os dois se encontram graças a confissões. Todo o trabalho do artista é baseado em confissões anônimas que as pessoas deixam na porta de seu ateliê e é assim que Auburn acaba trabalhando para ele numa noite e os dois acabam se apaixonando. Porém, algo que os dois personagens têm em comum são segredos a guardar e pode ser que esses segredos custem mais que eles esperavam. 

Garoto encontra garota. Garota e garoto se apaixonam. Garoto e garota ficam juntos. Ah, se as coisas fosse assim tão simples com Colleen Hoover. A moça sabe escrever um romance controverso, cheio de reviravoltas e complicações. Aqueles que faz você virar página atrás de página desesperada para saber o que vai acontecer em seguida. 

Chega até a ser difícil explicar porque os livros dela são bons. Porque não dá para dizer que a história é tão original assim, porque não é verdade. E outros livros que li da autora foram até mais diferentes que esse último.Creio que a maneira dela contar a história é que seja o seu diferencial. É tudo bem delicado e romântico, mas ao mesmo tempo duro e real. Na falta de uma expressão em português, as suas narrativas são sempre bittersweet.

E uma curiosidade é que todas as confissões que aparecem no livro são verdadeiras e foram enviadas para a autora de maneira anônima. E quero deixar registrado aqui que isso me deu um certo medo. 

Sendo assim, Confess é mais um ótimo livro da autora, com todos os seus elementos característicos, com direito a romance complicado e reviravoltas. Recomendado para quem já é fã da Colleen e para quem quer se aventurar num romance que foge um pouco da água com açúcar. 
Este livro foi lido para o Desafio Literário do Tigre. O tema escolhido foi "com a capa linda".

Minha primeira experiência com essa autora foi com "The statistical probability of love at first sight" e tenho que dizer que não foi muito boa. Não gostei do jeito que ela escreveu, não achei a história tudo isso, resumindo, não curti. Mas resolvi dar mais uma chance à autora com seu livro mais recente "The geography of you and me".

Durante um blecaute em Nova York, Lucy e Owen ficam presos no elevador e começam uma noite de conversas e, acima de tudo, de conexão. Apesar do pouco tempo juntos, ambos têm a impressão de que se dão muito bem e que parecem se conhecer há muito tempo. 

Lucy vem de uma família rica e muito ocupada, o que resulta em vários dias solitários no apartamento. E Owen é filho do zelador do prédio. Eles acabaram de se mudar para a cidade depois da perda da esposa e mãe do menino. Mesmo com histórias tão diferentes, o que Lucy e Owen têm em comum é a vontade de conhecer lugares novos. E é assim que eles acabam se separando.

Owen e seu pai saem de carro pelos Estados Unidos em busca não só de trabalho, mas de uma maneira para lidar com o luto e tentar levar a vida em frente. E Lucy se muda para vários lugares do mundo já que o pai resolve mudar de emprego e levar a família junto.

Para a menina essas viagens são mais do que conhecer lugares novos, elas também são uma maneira de autoconhecimento, já que antes ela sempre preferiu se mesclar ao ambiente e não se destacar. Mas nesses lugares novos ela sente a vontade de não só se destacar, mas de participar também. E durante a viagem, Owen e seu pai vão aos poucos aprendendo a viver novamente. 

O relacionamento de Owen e Lucy acontece na base de cartões postais e emails. Porém ao longo dos meses eles vão percebendo que aquela noite foi bem mais do que qualquer um dos dois está disposto a admitir. 

The geography of you and me é um livro bem gostoso de ler e fico feliz que eu tenho dado mais uma chance a autora. Recomendo para todos aqueles que querem uma história de amor diferente e moderna.  
Este livro foi lido para o Desafio Literário do Tigre. O tema escolhido foi "com mais de 300 páginas".

Como já disse várias vezes aqui no blog sou super fã de mitologia grega e sendo assim, claro que adoro Percy Jackson. E é com uma mistura de alegria e saudades que acompanho o finalzinho das aventuras do semideus preferido de todos. 

The House of Hades é o penúltimo volume da série "The Lost Hero", mas bem que poderia ser o último de tanta tensão que passamos com esse livro. No anterior, Percy e Annabeth caem para o Tartarus para fecharem as "Portas da Morte" e o restante da trupe Leo, Hazel, Frank, Jason e Piper estão sendo guiados por Nico para a Casa de Hades e assim encontrarem os amigos e de uma vez por todas fecharem a passagem e impedir que os monstros reapareçam tão rápido. Ah, e claro, tentar impedir Gaia de mais uma vez retornar.

O livro segue o mesmo esquema de todos os outros em que a cada quatro capítulos o foco é num personagem diferente e eles narram uma espécie de mini aventura que vai levando nossos heróis para mais perto de seus objetivos. Acho muito interessante essa mudança de personagens, já que assim podemos acompanhar o que se passa na cabeça de cada um. E é impressionante como o tio Rick consegue criar tantas personalidades diferentes e todas tão interessantes. 


The House of Hades é um livro longo, mas que passa rápido já que tem ação do começo ao fim. Outra coisa que achei bem legal é que o autor relembra várias histórias de sua série anterior o que é sempre legal, já que podemos recordá-las com os personagens. 

Gostei muito da leitura e já vou partir direto para o último volume da série que espero seja digno de encerrar uma série tão gostosa de ler como todos os livros do Percy Jackson. E já posso dizer que estou com saudades.  
Este livro foi lido para o Desafio Literário do Tigre. O tema escolhido foi "em outro idioma".

We were liars é o tipo de livro que te conquista pelo final. Vou explicar melhor, é aquela história que parece normal até você chegar ao fim que é tão surpreendente que muda toda a sua visão do livro.

Candence é uma Sinclair. O que isso significa? Que ela é a herdeira não só de um nome, mas de todo o poder e responsabilidades que vêm com ele. Em sua família tudo é perfeito. Ninguém é criminoso, ninguém é drogado, ninguém erra. E se algo assim acontece todos tratam de esconder o fato e nunca mais falar sobre isso.

Em uma ilha particular, ela e seus primos passam todos os verões. Ela, Johnny, Mirren e Gat, que na verdade é sobrinho do padastro de Johnny. Mas isso não importa. Lá ele vive ao lado dos Sinclair. Perfeitos. Inabaláveis. Lá é o lugar em que eles criam uma amizade que mudará suas vidas. Lá eles são os liars (mentirosos).

O único problema de Candence é que ela sofreu um estranho acidente no verão em que todos tinham 15 anos e não consegue se lembrar de nada. Nem de antes, nem do acidente em si. E além de dores de cabeça horríveis, ela parece se sentir mais sozinha do que nunca sem o apoio de seus liars. Por isso ela resolve voltar à ilha no verão dos seus dezessete anos para confrontar os amigos sobre o que ela não se lembra e ir em busca de respostas.

Fiquei com muita vontade ler We were liars exatamente pelo final. Depois de ler tantos e tantos comentários de como era incrível eu precisava saber o que era tão chocante assim. E posso dizer que logo no começo eu já acertei? Não adivinhei todos os detalhes, mas o elemento principal sim. E acho que por isso, li o livro com outros olhos. Não teve a mesma graça de quando você não sabe o que está acontecendo.

Apesar disso gostei muito do livro. É muito bem escrito e muitas vezes, brutal. É difícil até de explicar. A autora consegue, de uma maneira simples, contar uma história que te prende desde o começo e não decepciona. Por isso, mesmo que você leia apenas por curiosidade para saber o final, o começo e o meio são tão bons quanto.
Este livro foi lido para o Desafio Literário do Tigre. O tema escolhido foi "autor estrangeiro".

Fiquei curiosa para ler Jojo Moyes depois de ver várias pessoas comentando sobre seu livro que já foi lançado em português, Como eu era antes de você. Porém, sendo extremamente sincera com vocês, eu fiquei com um pé atrás depois de ler tantos comentários de pessoas  que quase se acabaram em lágrimas depois de terminar o livro. E sinceramente, achei que não estava preparada para uma história tão triste.

Depois de um tempo achei sobre outro livro seu, The one plus one. Gostei da capa, da sinopse e li vários comentários de como o livro era engraçado e então resolvi arriscar e lê-lo. E fiquei muito feliz de minha decisão.

The One plus one conta a história da família de Jess. Ela é mãe de Tanzie, uma garota de 10 anos que é um gênio na matemática e também cuida de seu enteado adolescente Nick, que sofre bullying por gostar de roupas pretas e maquiagem nos olhos. Ela cuida dos dois sozinhos, já que o pai dos dois decidiu que não aguentava mais e se mudou para a casa da mãe há dois anos para curar uma depressão e nunca mais voltou, nem ajudou a família.

Jess se vira entre dois empregos que mal dão para as despesas básicas da casa e sofre com os vizinhos que batem em Nick e têm como próximo alvo sua filha. As coisas parecem melhorar quando é oferecido a Tanzie uma bolsa quase integral para uma escolha particular, só que a única maneira de conseguir o dinheiro para a matrícula é levar a filha até a Escócia para uma Olimpíadas de matemática.

É por aí na história que entra Ed, um cara rico que vê sua vida de cabeça para o ar quando sem querer se mete em uma confusão com ações de sua empresa e se vê diante da possibilidade de perder tudo para que tanto trabalhou e ainda ir para a cadeia. E numa tentativa de se distrair e fazer algo bom por uma vez, ele decide dar carona para Jess e sua família.

Posso dizer que adorei o livro, com uma história comovente é impossível ficar imune ao acompanhar a verdadeira odisséia em que esses personagens passam. Durante os capítulos que se alternam entre Jess, Ed, Nick e Tanzie podemos perceber o crescimento deles e como aprendem a lidar com seus problemas e que sempre há uma maneira de superá-los.

The one plus one trata de vários temas pertinentes como bullying, perdão e como todos somos diferentes e é isso que nos faz especial. E acima de tudo mostra como temos que acreditar que há bem na humanidade e que às vezes podemos nos surpreender com a bondade de estranhos.
Comecei meu 2015 com o pé direito na leitura. Meu primeiro livro do ano foi sensacional. Afinal, estamos falando de Sophie Kinsella.

Menina de Vinte conta a saga de Lara Lington, que sempre foi uma garota com uma imaginação pra lá de fértil. Sua vida estava andando nos trilhos até que começou a "ver coisas", terminou com o namorado e foi abandonada pela sócia e melhor amiga, que deixou a pobre Lara no meio do olho do furacão para que tentasse colocar a empresa de volta nos eixos. Se já não bastasse a dor de cabeça no emprego, Lara tem uma grande surpresa quando vai ao funeral de sua tia-avó Sadie de 105 anos.

O fantasma da finada aparece misteriosamente no velório e, aparentemente, só Lara consegue vê-lo. E a aparição não fica só por aí. Sadie tem um último pedido para fazer: exige que a sobrinha-neta localize um colar que foi dela por mais de 75 anos e só assim poderá descansar em paz.

Lara sai em busca do colar desaparecido com a companhia de Sadie, que é um fantasma muito peculiar. Sadie não "retorna" como uma simples senhorinha. Ela aparece exatamente como era aos 20 e poucos anos. É cheia de opinião, personalidade e tem sempre um comentário sobre amor e moda a oferecer.

O livro foi escrito com a fórmula mágica de Sophie. É o típico chick-lit da autora. Cheio de passagens engraçadas, atrapalhadas e com muito romance. A história é contada de maneira leve, rápida e bem sucinta. Outro ponto que gostei muito no livro foi que a narrativa não se resume somente as duas protagonistas principais; os outros personagens também tem seu espaço na trama.

Não é um título novo, mas ainda não tinha lido e precisava terminar de ler todos os livros da autora, que é uma das minhas preferidas. Menina de Vinte é uma leitura leve e divertida. Super indico!


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